Apesar do favoritismo, o time mexicano foi eliminado do Mundial de clubes pelos japoneses do Kashiwa Reysol na manhã deste domingo (11) ao perder por 4 a 3 nos pênaltis após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Assim, o time asiático será o adversário do Santos na semifinal da disputa.
O duelo entre o time de Neymar contra os donos da casa está programado para as 8h30 (horário de Brasília) de quarta-feira (14). A outra vaga na grande decisão será definida no dia seguinte, entre Barcelona e o Al Sadd, do Catar, que superou o Espérance, da Tunísia, por 2 a 1.
Campeão nipônico um ano após subir para a primeira divisão local, o Kashiwa deve a boa fase a um trio de brasileiros: o técnico Nelsinho Baptista e os meias Jorge Wagner e Leandro Domingues. Apesar de ter comandado o Santos em 2005, o treinador não traz boas lembranças para os fãs da equipe, já que sob o comando dele o Peixe sofreu um dos maiores vexames de sua história ao perder para o Corinthians por 7 a 1.
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Ex-Vitória, Leandro Domingues marcou o primeiro gol da partida, aos 8 minutos do segundo tempo, mas se mostrou muito nervoso em campo e, com um cartão amarelo precoce, quase prejudicou a sua equipe. Porém, voltou a mostrar o seu valor na hora da cobranças dos pênaltis, convertendo seu chute, assim como Jorge Wagner.
Cinco minutos de o Monterrey sair atrás no placar, Suazo empatou o jogo. O atacante chileno, aliás, foi o melhor em campo, apesar de ter o seu desempenho prejudicado ao sentir dores a partir da metade do primeiro tempo. Em alguns momentos, ele chegou a mancar em campo, mas não foi substituído e ainda marcou outro gol na disputa de pênaltis.
A partida foi acompanhada de perto por Muricy e parte dos jogadores do Santos, como Paulo Henrique Ganso, que estiveram no estádio de Toyota.
O jogo
O time mexicano dominou os 20 minutos iniciais do jogo e teve duas oportunidades claras de abrir o placar. A primeira delas foi logo aos dois minutos, quando Suazo recebeu dentro da área, driblou o goleiro, mas acabou adiantando demais a bola. Ele ainda tocou de calcanhar para Cardozo, que chutou e Takaroni Sugeno espalmou.
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Aos 13, o mesmo Suazo voltou a receber sozinho na área. Ele finalizou tirando a bola do goleiro, mas ela caprichosamente beijou a trave esquerda dos japoneses, que tentavam, sem sucesso, articular jogadas com o brasileiro Jorge Wagner.
Porém, para "sorte" do Kashiwa, o chileno Suazo começou a sentir uma lesão a partir da metade do primeiro tempo. Ele chegou a solicitar atendimento médico e voltou para o jogo, mas não demonstrou a mesma agilidade de antes. Até então, Leandro Domingues era o destaque negativo do Kashiwa, tomando um cartão amarelo por reclamação.
A primeira boa chance do campeão nipônico veio aos 34 minutos, em chute de fora da área de Jorge Wagner, que passou raspando na trave esquerda defendida por Orozco. Com o principal jogador rival sentindo dores, o Kashiwa aproveitou para crescer no fim do primeiro tempo e Tanaka quase marcou no último minuto da etapa após bom cruzamento de Sakai pela direita. A bola bateu na rede pelo lado de fora.
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Logo no início da segunda etapa, os japoneses perderam outra boa chance. Após bate-rebate na área, Kudo teve a oportunidade de chutar frente a frente com o goleiro, mas pegou mal na bola e ela passou por cima do travessão. Pouco depois, porém, o time recebeu a recompensa pela pressão e Leandro Domigues abriu o placar. A resposta, no entanto, não demorou a acontecer e veio através de Suazo, ao completar uym cruzamento.
De olho na virada, o Monterrey chegou a esboçar idas ao ataque, mas não obteve sucesso. Conforme o cronômetro avançava, as duas equipes ficavam mais cautelosas e as faltas se tornaram frequentes. No último minuto, Leandro Domingues teve uma chance de desempatar o jogo, mas não conseguiu converter e, assim, os dois times não tiveram como evitar o tempo extra no estádio de Toyota.
Visivelmente mais desgastado que os adversários, o Monterrey passou a candenciar o jogo na etapa complementar e conseguiu o que queria: levar o duelo para os pênaltis. Porém, desperdiçou duas cobranças, através do capitão Luis Pérez e do goleiro Orozco. O arqueiro ainda se recuperou ao defender a cobrança de Tanaka, mas não foi suficiente para evitar um novo vexame na história do futebol mexicano.