No PMDB, Julier nega constrangimento

Data:

Compartilhar:

Paula Arruda, repórter do GD


Após 20 anos com juiz federal e recém filiado ao PMDB, Julier Sebastião da Silva afirmou, nesta quinta-feira (3), que não se sente constrangido em estar ao lado de políticos a quem proferiu decisões desfavoráveis, entre eles o deputado federal e presidente regional da sigla, Carlos Bezerra. Julier negou ser pré-candidato ao governo e destacou que a saída da magistratura é uma forma de contribuir com a população, desta vez na esfera política.

Julier falou também sobre a escolha pelo PMDB após meses de conversações com dirigentes do PT, que davam como certa sua filiação. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em critérios pessoais. “O PMDB é um dos poucos partidos que consegue dialogar com várias categorias, como empresários, trabalhadores, industriários, banqueiros, religiosos, ambientalistas e produtores rurais. É um partido que tem uma democracia interna viva e pujante”.

Sobre o PT, afirmou que embora respeite a sigla, hoje, após 20 anos de magistratura, se adequa mais ao PMDB. “Eu agradeço ao PT, acredito que é um partido que tem contribuído muito para a democracia brasileira, principalmente no governo Lula e Dilma e sempre junto com o PMDB”. O ex-magistrado agradeceu aos partidos políticos que o convidaram. Além do PMDB, PT, PR, PC do B e PSD manifestaram interesse em contar com Julier.

Julier deixou claro que caberá ao PMDB decidir o cargo que ele disputará nas eleições deste ano. “Hoje eu tenho sim o desejo de disputar as eleições, mas é a legenda que vai avaliar e decidir.

Investigações – Julier não escapou de perguntas sobre o cumprimento de mandado de busca e apreensão, contra ele, durante a operação “Ararath”. “Passei por uma investigação que duvido que muitos políticos fossem sobreviver. Com o sigilo bancário, fiscal, telefônico, busca e apreensão e conclusão me devolveram tudo. Acho natural, se é autoridade, tem investigar e concluir a investigação”.

Sobre a decisão de absolver o ex-governador e hoje senador Blairo Maggi (PR) e o ex-secretário Éder Moraes, o ex-juiz afirmou que com base nos autos não existe prova contra. “O dia em que não quis mais decidir eu me tornei político”. (Colaborou Lis Ramalho)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

EPISÓDIO 1

Notícias relacionadas