Às vésperas do decisivo jogo contra o Atlético-PR, o Palmeiras recebeu uma péssima notícia: Valdivia, principal peça deste elenco, voltou a sentir dores na coxa esquerda e é dúvida. Outro capítulo, este inesperado, do decepcionante ano alviverde.

A temporada, que se imaginava ser de festa, tornou-se um vexame. Em toda a sua história, esta é a vez em que o time mais perdeu, proporcionalmente. Em mais de 40% dos jogos o Palmeiras saiu de campo derrotado. Um “feito” inédito.

São 26 resultados negativos em 63 partidas. Só em 2012 o Verdão foi batido mais vezes (28), só que o time entrou em campo 11 vezes mais. Vindo de cinco derrotas consecutivas, o Alviverde ainda depende apenas de suas forças para seguir na Série A, mas um tropeço contra o mistão do Atlético-PR, em casa, é a chance de Vitória ou Bahia colocarem o time na zona da degola.

A resposta para quebrar esta série seria a volta de Valdivia. Após sofrer um edema na coxa esquerda quando estava na seleção chilena, o jogador ficou quase duas semanas tratando o problema e só um imprevisto poderia tirá-lo da última rodada. Pois ele apareceu: após ser titular no coletivo de quinta, o camisa 10 reclamou de dores e será reavaliado hoje para saber se joga.

– Valdivia ainda não está apto (para jogar). Ele treinou ontem (quinta), voltou a sentir um pouco a lesão. Digamos que é um incômodo, e isto fez com que o tirássemos do treino. Amanhã (hoje) ele fará outro trabalho, e em condições naturalmente irá a campo – falou Dorival.

Diferentemente do que fez em Curitiba (PR), quando colocou o Mago sem condições por conta do problema físico, o técnico não pensa em usá-lo com limitações na arena.

Mesmo se bater o Furacão, o Palmeiras seguirá com índice de mais de 40% de derrotas no ano. Ou seja, em cada dez jogos que fez em 2014, o Verdão foi derrotado em quatro.

O triunfo na última partida da temporada, ao menos, fará com que o clube evite seu terceiro rebaixamento nos últimos 12 anos. Um objetivo pequeno para a história alviverde, mas necessário para tentar fazer com que o centenário não seja ainda mais vexatório. Que 2014, Verdão!