Katmandu, 30 abr (EFE).- O número de mortes causadas pelo terremoto no Nepal chegou nesta quinta-feira a 6.166, e o de feridos, a 13.232, segundo a mais recente apuração divulgada pelo Ministério do Interior do país asiático.
Pelo menos 130 mil casas ficaram totalmente destruídas e cerca de 85.800 foram parcialmente danificadas, de acordo com a pasta. O terremoto forçou quase 2,8 milhões de pessoas a deixar suas casas em um país com uma população de 28 milhões de habitantes.
Segundo dados de organismos das Nações Unidas, são necessários durante os próximos três meses US$ 415 milhões em ajuda de emergência. Até agora, o Nepal recebeu pouco mais de US$ 22 milhões.
Cerca de 400 mil pessoas já deixaram o vale de Katmandu por causa da destruição e do medo de epidemias, mas organizações humanitárias como Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras advertem que a situação é pior nas áreas rurais.
Enquanto milhares de pessoas tentam sair da capital, outras lutam para chegar a Katmandu em busca de alimentos e atendimento médico, procedentes de áreas remotas afetadas pelo terremoto que estavam isoladas por estradas.
A ajuda chega a conta-gotas nos acampamentos das cidades ao redor da capital, segundo centenas de pessoas que optaram por um sistema de auto-organização para sobreviver.
Mais de 1.700 integrantes de 54 equipes de resgate de 22 países trabalham no Nepal na ajuda às pessoas afetadas pela tragédia, com 147 cães adestrados buscando pessoas presas sob escombros, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).
‘Estão trabalhando contra o relógio para localizar, retirar e dar ajuda médica às vítimas presas sob estruturas que ruíram’, disse a entidade.
O terremoto foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década desde 2005, quando outro terremoto deixou mais de 84 mil mortos na Caxemira. EFE