Na TV, PMDB pede “menos impostos e correção de erros”

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O PMDB divulgou mais cedo o programa do partido que será exibido em cadeia nacional nesta quinta-feira. Um grupo de parlamentares liderado pelo vice-presidente Michel Temer se reveza para pedir a correção de “erros do governo” e se colocarem contra o aumento de impostos, evidenciando a desconexão com seu maior aliado, o PT.

No início do vídeo, a apresentadora abre o discurso dizendo que a sociedade está “angustiada de sempre pagar a conta”, em menção às dificuldades encontradas pelo governo em acertar medidas que tirem o país da crise econômica, “que já resulta em recessão e desemprego”. O partido fala em “deixar estrelismos de lado” e, principalmente “reunificar os sonhos”.

Em sua primeira aparição, Temer indica que todos fatores da crise são superáveis e pede que as medidas sejam tomadas além de interesses partidários ou pessoais. “É nesse contexto que devemos pensar o Brasil”, diz. “Cabe a nós, representantes de todos os setores da sociedade, o dever de construir agora um amanhã cada vez melhor.”

Em uma mescla de rostos famosos com desconhecidos, seus companheiros de partido, no entanto, sobem o tom das críticas. Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul, fala em “desencanto e falta de perspectiva”. O senador Waldemir Moka diz que não se pode permitir “que o brasileiro pague mais do que já está pagando por falta de propostas claras”.

Com 10 possíveis investigados na Operação Lava Jato, o partido fala insistentemente em acertar as contas com a verdade. Eduardo Cunha, por exemplo, diz que “é a hora da verdade, de escolher que Brasil queremos”. Renan Calheiros diz ser necessário defender os interesses do país.

Michel Temer: “Cabe a nós, representantes de todos os setores da sociedade, o dever de construir agora um amanhã cada vez melhor”© Reprodução/Youtube Michel Temer: “Cabe a nós, representantes de todos os setores da sociedade, o dever de construir agora um amanhã cada vez melhor”

O texto é enfático em ser contra a criação de impostos para cobrir rombos no orçamento, o que sinaliza que a CPMF não terá caminha fácil nas votações que virão. “Um Brasil que se dizia tão gentil com seus filhos de repente resolve cobrar a conta. Isso dói”, diz a apresentadora. “O Brasil e seus filhos querem ser abraçados.”

Temer volta ao fim do programa para amaciar novamente o discurso. O vice-presidente diz que os momentos de crise também servem de exemplo para a retomada do crescimento, assumindo e corrigindo os erros. Diz ainda que, em sua vida pública, já passou por momentos bem mais difíceis. “Não tenho dúvida de que seremos capazes de superar esse momento”, afirma. “Por contar com tudo isso, tenho certeza que vamos vencer essa batalha.

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