Mulher de sargento levou três tiros de pistola 9 mm

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Informações extra-oficiais apuradas  revelam detalhes da tragédia que resultou na morte, hoje (8), do sargento do Exército Valter Lucas de Moura, de 46 anos, e sua esposa Delza Brígida de Moraes Moura, de 39. O crime aconteceu na casa 195, da Vila Militar do 44º Batalhão de Infantaria Motorizada, na rua Filinto Müller, Duque de Caxias, em Cuiabá.

A discussão que resultou nas mortes teria se iniciado no quarto do casal. Nesse local, segundo um dos peritos, foi efetuado o primeiro disparo do sargento contra a mulher. Antes disso, provavelmente para se defender, ela pegou uma faca, que foi encontrada ao lado de seu corpo e apreendida pela Polícia Civil.

Do quarto, segundo apontam os indícios, ela seguiu para sala, onde possivelmente deixaria a casa em fuga. Todavia, antes disso, Delza foi atingida pelo militar pelos tiros de sua pistola, uma arma 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas Brasileira. Informações do Exército apontam que ela foi atingida no ombro, peito e cabeça. Em seguida ele atirou fatalmente contra a própria cabeça.

O delegado responsável pelo caso, Fausto José Freitas da Silva, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), declarou que nenhuma possibilidade pode ser descarta neste momento. Entretanto, ele afirmou que a tendência, pelas evidências preliminares, é de se tratar de um homicídio seguido de um suicídio.

Conflito familiar

O major do Exército Gustavo Larica informou que o crime foi descoberto pela filha do casal, que ao chegar da escola se deparou com a casa fechada e achou isso "estranho". A menina foi até um das janelas e por uma fresta visualizou uma coisa caída na sala.

Ela, diante da cena, acionou o soldado que fazia guarda da região e pediu para ela ajudá-la a entrar na casa. O soldado, com autorização de seus superiores, arrombou a porta. Imediatamente, verificaram os dois corpos na sala. A princípio, no momento do crime, somente os dois estavam na casa. A Polícia Militar foi acionada, por volta das 12h40.

O oficial informou que um dos filhos do casal relatou que os pais estavam passando por um conflito familiar. Apesar disso, o major Larica ressaltou que em nenhum momento isso foi comunicado ao Exército.

O sargento Lucas morava na casa do Exército há quase dois anos. Ele começou a carreira militar como soldado, passando pelo posto de cabo e chegando ao cargo máximo de sua trajetória na caserna, do 3º sargento. Larica disse que o militar tinha, pelo menos, 20 anos de Exército. Ultimamente ele estava no setor de obras do quartel.

Larica acredita que o crime tratou-se de uma questão passional. O sargento estava em horário de trabalho quando o crime, possivelmente, aconteceu. O corpo dele foi encontrado com a farta do Exército.

"Estranheza"

O major Mário Lúcio Maia, responsável pelo setor de comunicação do Batalhão 44º, declarou que o militar tinha um temperamento tranqüilo, afirmando que o fato causou "estranheza".

O 44º Batalhão irá abrir um procedimento policial militar para apurar o fato, pois trata-se de um crime envolvendo um membro do Exército e ainda dentro de uma área da administração da Força.

Bloqueio

Os corpos foram retirados da casa sob olhares de vários curiosos e da imprensa que estava no local. Os militares utilizaram um lençol para evitar a visualização dos corpos. Em todo momento, formou-se uma barreira de militares para impedir a visão da sala.

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