Mulher de João Santana afirma que JBS pagou caixa 2 ao PT, diz jornal

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A mulher do marqueteiro João Santana, Monica Moura, afirmou a procuradores que a JBS pagou caixa 2 à campanha pela reeleição de Dilma Rousseff. O depoimento foi dado durante negociação para fechar acordo de delação premiada, e as informações são do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, Monica teria relatado que a empresa pagou diretamente a dívida do PT com a gráfica Focal Confecção e Comunicação Visual, a segunda maior fornecedora da campanha de Dilma e Michel Temer, em 2014

Ainda segundo a reportagem, a gráfica, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, emitiu notas fiscais de serviços para a JBS, mas nunca imprimiu peça ou fez serviços para a empresa.

O Globo diz que este pagamento não está declarado à Justiça Eleitoral, mas acrescenta que houve doações legais da JBS nas eleições de 2014.

Ao jornal, a empresa nega veementemente a acusação, e diz que vasculhou todos os seus arquivos e não encontrou registro do suposto pagamento. “Foi feita uma varredura com relação às empresas citadas e não consta nenhum pagamento às mesmas”, afirmou a empresa ao jornal.

A Operação Lava Jato começou com uma investigação sobre lavagem de dinheiro em um posto de gasolina no Distrito Federal. Segundo a Folha de S. Paulo, o posto pertence a Carlos Habib Chater, um dos doleiros envolvidos investigados na operação. Curiosamente, o posto não tem lava jato.   A investigação cresceu e, após as primeiras prisões, surgiram informações que ligavam os doleiros a Petrobras. Na sétima fase, a operação levou para a cadeia representantes das principais empreiteiras do País. Um deles foi Adarico Negromonte (foto), irmão do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Além das empresas, dos doleiros e da Petrobras, a Lava Jato investiga políticos e partidos. De acordo com a Polícia Federal, foram movimentados mais de R$ 10 bilhões em contratos que somam cerca de R$ 59 bilhões.   Os primeiros a serem presos foram o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Para tentar reduzir a pena, eles fizeram acordos de delação premiada. De acordo com os delatores do esquema, a maior parte da verba desviada foi doada legalmente para partidos políticos para financiar campanhas. Segundo ele, o PT, o PMDB e o PP teriam recebido cerca de 3% dos valores dos contratos em propina. Só um detalhes: Youssef foi preso nove vezes, uma delas no escândalo do Banestado, considerado o maior já investigado no Brasil sobre remessas ilegais de dinheiro ao exterior.   Segundo a imprensa, em um dos depoimentos, Paulo Robeto Costa revelou o nome de vários parlamentares e governadores que teriam sido beneficiados do esquema de desvio de verba da estatal. A relação inclui personalidades como o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (foto), e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em agosto do ano passado. Na fase da operação deflagrada em janeiro, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto foi levado para depor na PF.     Com a renúncia repentina de Graça, a presidente convidou o Aldemir Bendine, então presidente do Banco do Brasil para assumir o comando da estatal. Ao assumir o cargo, voltou a mídia a notícia sobre o empréstimo de R$ 2,7 milhões obtido pela socialite Val Marchiori, amiga de Bendine. A operação se tornou alvo de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.
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1/7 SLIDES © Montagem/Grasielle Castro/Brasil Post
O POSTO QUE NÃO TEM LAVA JATO
A Operação Lava Jato começou com uma investigação sobre lavagem de dinheiro em um posto de gasolina no Distrito Federal. Segundo a Folha de S. Paulo, o posto pertence a Carlos Habib Chater, um dos doleiros envolvidos investigados na operação. Curiosamente, o posto não tem lava jato.

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