MT tem déficit de R$ 800 mi; Silval garante pagamentos

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O Estado de Mato Grosso acumula um déficit de cerca de R$ 800 milhões no orçamento estadual, em função de gastos acima da receita. 

De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), o "rombo", que era de R$ 1,4 bilhão há um ano, foi reduzido com o aumento da receita e a renegociação da dívida. 

“O Estado tem um déficit que ninguém teve coragem de colocar na mesa, e que tem que ser eliminado. Mas, para isso, o Governo tem que arrecadar mais, buscar recursos para investimento”, disse Riva, em entrevista, nesta semana.

“Só com a renegociação da dívida, o governador Silval reduziu o rombo em R$ 200 milhões. Eu tenho certeza de que, se ele fizer uma boa gestão, elimina o resto do déficit neste ano”, completou. 

De acordo com o presidente do Legislativo, todos os poderes e os órgãos do Estado contribuíram com o prejuízo, que precisa ser equacionado. 

Questionado, o governador Silval Barbosa (PMDB) evitou falar em números, mas confirmou a existência do rombo. 

“Estamos levantando o valor desse déficit. Sabemos, por exemplo, que no sistema previdenciário do Estado o rombo é de R$ 500 milhões por ano. Mas, existe uma série de medidas que estamos trabalhando para sanar o déficit e podemos compensá-lo no possível superávit de receita no orçamento que estamos esperando”, disse Silval. 

O governador lembrou que o orçamento está contingenciado e que a meta para 2013 é executar 95% do orçamento de R$ 12,8 bilhões. 

Há um ano, Silval veio a público anunciar um pacote de medidas que centralizava a ordenação de despesas e a renovação de contratos, de modo a conter gastos e reduzir o volume de dívidas. 

Para José Riva, é necessário, além de todas essas medidas, enxugar o tamanho da máquina governamental, para reduzir os custos com a manutenção da estrutura. 

“Na minha opinião, o Brasil só tem uma saída, que é a redução da máquina, a reforma de Estado. Todos têm que cortar na carne, gastar menos com atividade meio, limitar gastos com custeio e pessoal, para gastar mais com na atividade fim, nos programas e políticas públicas”, disse. 

Dívidas da Copa

O governador garantiu que o déficit em nada compromete a capacidade financeira do Estado com relação ao cumprimento de compromissos financeiros firmados para executar as obras da Copa, que somam cerca de R$ 1,5 bilhão. 

Além disso, programas como o Mato Grosso Integrado, que fará o asfaltamento entre os municípios, e outras obras tocadas pelo Governo do Estado somam cerca de R$ 2 bilhões em empréstimos. 

“Em quatro anos da minha gestão, vou pagar em torno de R$ 4 bilhões de dívidas para a União. E estou financiando menos de R$ 4 bilhões para pagar em 20 ou 30 anos. Como fiz a reestruturação da parte da dívida, o governador que assumir, em 2015, com certeza absoluta, vai pagar menos da dívida do que estamos pagando hoje”, afirmou.

“Qualquer governador do país hoje não faz empréstimo se não estiver dentro da capacidade de pagamento, do que é possível ser honrado sem comprometer o orçamento do Estado. Caso contrário, a Secretaria do Tesou Nacional (STN) e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) não aprovam”, completou Silval.

 

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