Mato Grosso possui 174 mil pessoas vivendo na linha de extrema pobreza, com renda máxima mensal de R$ 70. Em relação a região Centro Oeste, o Estado perde apenas para Goiás, que tem 215 mil pessoas na mesma situação.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e foram reunidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O objetivo da pasta é utilizar o resultado da pesquisa para formulação do Plano Brasil Sem Miséria.
Ainda sem data para lançamento, em nota, o Ministério informou que o Plano será trabalhado em três eixos coordenadores de ações: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva.
De forma geral, o país possui atualmente 16.267.197 extremamente pobres, o que representa 8,5% da população brasileira, que está em 190.732.694. Deste total, são 7.593.352 na área rural e 8.673.845 na área urbana. Em Mato Grosso, os 174 mil se dividem em 82.009 na zona rural e 92.774 na zona urbana.
Entre os critérios demandados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para que o IBGE pudesse contabilizar a extrema pobreza, destacam-se a falta de banheiro, a falta de tratamento de esgoto e energia elétrica.
Em entrevista coletiva realizada nesta semana, em Brasília, para apresentar os dados, a ministra Tereza Campello afirmou que o objetivo é que até 2014 a pobreza esteja erradicada no país.
"Esse público [os extremamente pobres] será o prioritário, dado seu nível de vulnerabilidade, de grande fragilidade, que justifica esse olhar especial. O plano é ousado e não envolve uma única ação, mas iniciativas de diversos setores", explicou.