As rodovias federais que cortam Mato Grosso amanheceram sem bloqueios nesta terça-feira (3), depois de 13 dias de protestos promovidos por caminhoneiros. A categoria está insatisfeita com a alta do diesel que prejudicou o preço do frete. Atualmente a perda tida pelos transportadores com o frete contratado é de 50%. No estado, as BRs 163 e 364 foram as mais prejudicadas e chegaram a contar com sete pontos de paralisações. A expectativa é que as rodovias sigam abertas pelo menos até o próximo dia 10.
A trégua é motivada pelo fato de a presidente Dilma Rousseff ter sancionado na tarde de segunda-feira (2) a lei dos caminhoneiros que prevê benefícios à categoria. Estão previstos no pacote a isenção do pagamento do pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, aumento dos pontos de paradas para descanso, seguro por acidente, atendimento de saúde e outros. Apesar do avanço, a lei não inclui a criação de uma tabela de preço do frete, uma das principais reivindicações do grupo.
Nesta manhã, representantes dos caminhoneiros que participam do movimento em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o senador Blairo Maggi (PR) e o ministro de Transportes, Miguel Rossetto, estão reunidos no Palácio do Planalto.
Um encontro também está agendado para o próximo dia 10. Desta vez, a reunião será entre o ministro e lideranças representativas de todo o Brasil. O presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) também participará das negociações. O principal item da pauta será a criação de uma tabela referencial para o preço do frete, que será elaborada pelos empresários e trabalhadores autônimos.