O MPF (Ministério Público Federal) entrou com ações de improbidade administrativa contra seis empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. No total, as ações somam R$ 4,47 bilhões.
São alvo das ações as empresas Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix. Executivos desses grupos também foram citados. O tema agora precisa ser analisado pela Justiça.
Nas ações, o MPF cobra R$ 319 milhões de ressarcimento ao erário pelos desvios de recursos públicos da Petrobras; R$ 959 milhões como pagamento de multa civil e R$ 3,19 bilhões como indenização por danos morais coletivos.
Além dos pagamentos, as ações ainda exigem que essas empresas sejam proibidas de receber benefícios e incentivos fiscais ou de crédito. Elas também podem ficar proibidas de trabalhar para o poder público.
O Ministério Público Federal ainda pede que as penalidades sejam estendidas a outras empresas do mesmo ramo que façam parte do grupo econômico das investigadas.
O MPF explica que essas ações de improbidade administrativa pedem a punição na área cível dos crimes investigados na Operação Lava Jato. As empresas são suspeitas de formação de cartel e pagamento de propina a funcionários públicos para obtenção de vantagens em contratos com a Petrobras.
Veja o que é pedido pelo Ministério Público Federal:
OAS
Réus pessoas físicas: 7
Réus pessoas jurídicas: 3
Total pedido pelo MPF (R$): 988.731.938,98
Camargo +Sanko
Réus pessoas físicas: 5
Réus pessoas jurídicas: 4
Total pedido pelo MPF (R$): 845.396.727,37
Mendes Júnior
Réus pessoas físicas: 6
Réus pessoas jurídicas: 2
Total pedido pelo MPF (R$): 1.043.867.419,61
Galvão
Réus pessoas físicas: 5
Réus pessoas jurídicas: 2
Total pedido pelo MPF (R$): 1.058.963.242,68
Engevix
Réus pessoas físicas: 5
Réus pessoas jurídicas: 2
Total pedido pelo MPF (R$): 538.850.198,60
Total
Réus pessoas físicas: 28
Réus pessoas jurídicas: 13
Total pedido pelo MPF (R$): 4.475.809.527,24