Redação do GD
O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou nesta quarta-feira (3) as alegações finais no processo relacionado ao caso das escutas telefônicas clandestinas que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”.
Em relação ao coronel da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, ex-comandante geral da Corporação, foi requerida a condenação pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior.
Devido à continuidade delitiva da prática dos crimes, fator que ocasiona o aumento da pena, a condenação pode chegar até 23 anos de prisão.
Nas alegações finais também foi solicitada a condenação do Cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar até 18 anos de prisão, também devido à continuidade delitiva.
Já o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, ex-secretário chefe da Casa Militar, poderá será condenado pelo crime de realização de operação militar sem ordem superior, que prevê de 3 a 5 anos de prisão.
Em relação aos acusados coronel Ronelson Jorge de Barros e tenente-coronel Januário Antonio Edwiges Batista, o Ministério Público se posicionou pela absolvição.
Outro lado
O advogado Neyman Monteiro, que atua na defesa de Gerson, afirmou ao que recebe com estranhamento o posicionamento do Ministério Público.
“A defesa se sustentará em provas colhidas na fase judicializada. Um fato que nos chamou atenção foi quando no primeiro interrogatório do cabo o respeitável promotor fez do cabo um Deus. Disse que merecia todo crédito e que até poderia aplicar o perdão judicial. Estranhamente, quando Gerson foi interrogado pela segunda vez e declinou alguns fatos ilícitos e juntou documentos de dois promotores do Gaeco, o promotor o transformou de anjo para um capetinha e disse que Gerson mentiu alguns pontos. Isso que ele falou não sou eu que estou dizendo, está provado nas reportagens e gravado. Ou será que ele esta usando o VAR (árbitro assistente de vídeo), sistema que foi usado na Copa do Mundo quando os juízes tinham duvidas?”, ironizou Neyman.