MPE entra com ação para barrar Janete

Data:

Compartilhar:

 GD


Nesta segunda-feira (15), o Ministério Público Estadual (MPE) protocolou uma ação civil pública, que o governador Silval Barbosa (PMDB), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não aprovem a ex-secretária de Cultura Janete Riva no cargo de conselheira. Foi requerido também, a nulidade dos atos subsequentes à indicação, como nomeação, posse e investidura. Essa é a terceira ação proposta, sendo que a segunda foi negada pela Justiça. 

Segundo a ação que foi assinada pelo procurador-geral de Justiça Paulo Prado e os promotores Clóvis de Almeida e Roberto Turin, a medida é uma tentativa de impedir que esposa do deputado José Geraldo Riva (PSD) ocupe a vaga no tribunal, pois ela não atenderia aos requisitos previstos na Constituição Estadual. O presidente do TCE, Waldir Júlio Teis, também figura no polo passivo da ação a fim de que não dê posse à requerida.

Dentre os critérios exigidos como pressuposto  a indicação ao cargo, estão notório conhecimento jurídico, contábil, econômico e financeiro ou de administração pública, bem como, a comprovação de mais de 10 anos de experiência nas referidas áreas. O MPE alega que Janete não preenche tais requisitos. Quando candidata, nas últimas eleições, ela declarou à Justiça Eleitoral possuir apenas ensino médio.

Três ações já foram propostas pelo MPE relacionada à escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas. A primeira buscou evitar que o ex-conselheiro, Humberto Bosaipo, se aposentasse do cargo. A segunda ação proposta pelo Núcleo do Patrimônio Público questionou a falta de publicidade na fase de indicação do novo conselheiro, mas o pedido liminar não foi acatado pela Justiça. Um recurso de agravo de instrumento contra a decisão já foi interposto no Tribunal de Justiça (TJ).

Na terceira, o órgão argumenta que a Mesa Diretora não seguiu o rito apropriado  aceitação e indicação de Janete. Consta na ação, que a declaração da abertura de vaga foi publicada no Diário Oficial de Contas no dia 9 de dezembro, antes mesmo do protocolo do pedido de renúncia efetuado por Bosaipo no dia 10. Os deputados, por sua vez, aprovaram a indicação no dia 12.

“Não houve tempo e não foi apresentado pelos candidatos a comprovação dos requisitos necessários previstos no art 73, parágrafo 1º, da Constituição Federal e 49, parágrafo 1º, da Constituição Estadual. Houve violação a um só tempo dos princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade”, diz a ação do MPE.

Na última quinta-feira (11), o governador eleito Pedro Taques (PDT) viu a indicação de Janete ao cargo como um despropósito. “Entendo como absurdo a Assembleia indicar a senhora Janete Riva  o Tribunal de Contas desse Estado. Eu tenho essa legitimidade e digo, Mato Grosso está em momento de transformação, eu não quero crer que Assembleia Legislativa não entenda isso”, disse.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas