MPE defende a inocência de Maggi

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 Está nas mãos do Conselho Superior do MPE o arquivamento ou não das denúncias contra o ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) em relação ao escândalo do maquinário, que teve repercussão nacional.

      O procurador que analisa o ação civil pública, Hélio Fredolino Faust, pediu o arquivamento do inquérito instaurado no âmbito da Procuradoria Geral de Justiça.

     Maggi é acusado de ter participado do superfaturamento de R$ 44 milhões pela compra de 705 máquinas em 2009 no valor de R$ 241 milhões.

      Segundo o procurador, não houve constatação técnica nos relatórios periciais da Auditoria Geral do Estado que apontasse a responsabilidade pessoal, direta ou indireta, de Maggi, que na época era o governador. O MPE apurou que as acusações de Persio Briante não se sustentam quando comparadas às demais provas colhidas no inquérito.

     Um dos fundamentos para sugerir a inocência de Maggi aponta que ele não participou da elaboração dos editais que acarretou no superfaturamento dos equipamentos.

     Não haveria qualquer prova concreta para incriminá-lo e envolvê-lo em uma "conspiração" com seus secretários e empresários para realizar a fraude. Então, o procurador sugere o arquivamento baseado na liberdade do órgão para engavetar o processo, que pode ser reaberto caso surjam novas provas.

     O escândalo do maquinário veio à tona alguns meses depois de Maggi ter entregue aos 141 municípios equipamentos como pá carregadeiras, escavadeiras hidráulicas e motoniveladoras, além de caminhões basculantes e cavalo mecânicos. Depois das denúncias, caíram os ex-secretários de Administração e Infraestrutura Geraldo de Vitto e Vilceu Marchetti, respectivamente, além de funcionários envolvidos nos processos licitatórios que culminaram na compra das máquinas. Durante o inquérito civil, foram ouvidas cerca de 20 pessoas. O processo administrativo realizado pela secretaria de Administração em relação ao assunto também passou pela análise do MPE.

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