MP mantém condenação de petistas e ex-diretores do Banco Rural

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Sessão de julgamento dos embargos deverá ser retomada na semana que vem

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou, nesta quinta-feira (20) o entendimento do MP (Ministério Público) de que houve o crime de formação de quadrilha no esquema do mensalão e negou a absolvição dos petistas e dos ex-diretores do Banco Rural que receberam quatro votos favoráveis no julgamento do delito.

Janot negou os embargos infringentes, recursos que deram direito a um novo julgamento, do ex-ministro José Dirceu, do ex-deputado José Genoino, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, da ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e do ex-vice-presidente da instituição José Roberto Salgado.

O procurador-geral rejeitou os argumentos da defesa de que não há provas de que os acusados se uniram para cometer crimes e citou depoimentos de outros condenados no processo, como o ex-deputado Valdemar Costa Neto e o empresário Marcos Valério, que comprovam a associação.

No caso dos petistas Delúbio, Dirceu e Genoino, o Ministério Público reafirmou o entendimento de que os três, com poderes de direção dentro do PT, comandavam os crimes para captar recursos e corromper parlamentares em troca de apoio político.

Sobre os dirigentes do Banco Rural, Janot afirmou que se tratava de uma “quadrilha às avessas”. Segundo ele, os seguidos crimes cometidos pelo grupo configuram a formação de quadrilha.

— Era uma organização estável, voltada à prática dos delitos. Tanto que perdurou de 2002 a 2005. Não se tratava de reconhecer uma assembleia que se reunia para deliberar, mas sim a constatação dos delitos que resultaram na tipificação do crime de quadrilha.

Como a defesa dos cinco réus já se pronunciou, os ministros já podem votar os condenam ou se absolvem os acusados do crime de formação de quadrilha.

No entanto, a sessão foi encerrada antes da manifestação dos magistrados e será retomada na próxima quarta-feira (26), quando também serão julgados mais três réus: Marcos Valério e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

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