O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que está no centro de denúncias sobre a existência de um suposto esquema de venda de sentença para beneficiar políticos do Estado, foi alvo de uma "lavagem", durante ato de protesto promovido por várias entidades. A manifestação aconteceu no final da tarde de hoje (1º de julho) e contou com a participação de entidades.
Sindicatos, movimentos sociais e classistas, como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Ong Moral, servidores grevista do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, da Justiça Federal e populares, pediram que todos os integrantes do Pleno do TRE se afastem das funções eleitorais. "Chega de corrupção! Precisamos dar um basta nessa canalhice em que se transformou o Judiciário", disse Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, do MCCE.
O representante do movimentou ainda apontou que a "sujeira" do TRE estariam mais evidente em dois membros do Tribunal: o presidente Evandro Stábile e o juiz Eduardo Jacob. Ele prometeu ir, nesta quarta-feira (2), a Brasília, para pedir o afastamento deles.
"Como eles não vão renunciar, nós iremos às instâncias superiores pedir o afastamento deles, imediatamente. Existe muita sujeira nesse TRE e, há tempos estamos denunciando. As coisas estão sendo colocadas às claras e essa sujeira será removida", afirmou.
A "lavagem" do Tribunal Regional Eleitoral, segundo Ademar Adams, representante da Ong Moral, teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade para que se volte aos debates sobre a possível venda de sentença no TRE. "Estamos aqui apoiando esse movimento, que tem a finalidade de buscar uma Justiça transparente, sem negociatas, sem essas manchas que estamos vendo através das investigações da PF", disse.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Tribunal de Justiça (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, fez questão de ressaltar que os servidores do Judiciário não comungam com a prática da corrupção. Por este motivo, foram às ruas. "É preciso fazer um limpa nessa corrupção do Judiciário. O Sinjusmat é a favor que todos os membros do TRE renunciem. Isso tem que ser feito em prol da transparência do processo", declarou.
O movimento reuniu cerca de 600 pessoas em frente ao TRE, um carro-pipa forneceu água e os manifestante usaram sabão e vassouras. Em nenhum momento, houve proibição ao manifesto. A Polícia Militar acompanhou o ato de longe. Não houve o registro de ocorrências.
