Motoristas paralisam pelo terceiro dia

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Simone Ishizuka/ GD


Pelo terceiro dia consecutivo, caminhoneiros de todo Estado paralisaram quatro pontos da BR-163, na região norte, na manhã desta sexta-feira (20). Diferente dos outros dias, manifestantes não irão liberar a rodovia na hora do almoço. Eles pretendem ficar até 48 horas parados na estrada.

O fechamento dos quatro pontos da rodovia iniciou a partir das 8h da manhã. Motoristas protestam com faixas estendidas em pontos estratégicos com informações sobre a reivindicação. Veículos de passeio e carretas com carga viva estão autorizados a passarem livremente pelos locais.

A Rota do Oeste, concessionária que administra o trecho, por meio de assessoria, informou que caminhoneiros iniciaram as manifestações a partir das 7h30. Os pontos são no Km 593, próximo à região de Nova Mutum (264 km ao norte da Capital); Km 686, perto da cidade de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá); Km 850, da cidade de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá); e no Km 745, de Sorriso (420 km ao norte da Capital). Ainda conforme informações, não há registro de congestionamentos até agora.

Motoristas reivindicam a desoneração dos combustíveis, de 17% para 12%. No interior, o preço do óleo diesel chega a R$ 3,25 por litro. Outro ponto defendido pelos manifestantes é a contratação de empresas que servem como intermediadoras na região. Segundo eles, fretes estão acima dos valores fixados pela Secretaria de Fazenda do Estado.

A concessionária informa que, para mais informações sobre o tráfego da rodovia, usuários podem entrar em contato pelo telefone 0800 065 0163.

48h – Conforme o site Só Notícias, motoristas pretendem liberar a rodovia só neste domingo (22). O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Sorriso e Região, Wilson Rodrigues, disse que manifestantes querem mostrar ao governo federal a ‘força do protesto’.

“Queremos parar logística para portos (com isso vai reduzir o volume de soja e demais produtos para exportação). Não queremos prejudicar produtores que estão colhendo neste momento e caminhões que vão colher soja, que têm nota de produtor rural, vão passar para ir às fazendas”.

Com a paralisação prolongada, Rodrigues acredita que haverá mais adesão por parte dos caminhoneiros. Ele acredita que nos outros dias, não houve muita união da categoria, mesmo com 2,4 mil carretas paralisadas na rodovia que corta o Estado. “É muito pouca adesão. Esperamos fortalecer nosso movimento com período maior de bloqueio. Falta mais união da classe. Após dois dias vamos avaliar quanto tempo vamos liberar o tráfego de caminhões. O Brasil inteiro está pedindo socorro. Não suportamos mais o preço alto dos combustíveis. Empresas estão operando no vermelho, caminhoneiros estão praticamente sem margem de renda com o frete”, disse ao site.

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