Motoristas devem paralisar nesta quarta

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Motoristas do transporte público de Cuiabá e Várzea Grande devem entrar em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (27), a partir da meia-noite. A categoria exige que haja um reajuste maior dos benefícios pagos pelas empresas da região. Empresários estão relutantes em atender as reivindicações.

Segundo representantes do Sindicato dos Motoristas (STETTCR), o setor patronal ofereceu o reajuste de apenas 8,34% sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que choca com as exigências dos trabalhadores.

Entre as reivindicações, está o reajuste da comissão aos motoristas que exercem o trabalho dos cobradores. Conforme o sindicato, a categoria exige um acréscimo de R$ 220 para R$ 250, ao invés da porcentagem oferecida pelas empresas. Além disso, pede o aumento de R$ 100 para R$ 150, em relação ao ticket de alimentação cedido aos condutores, que também sofrerá o reajuste 8,34%.

“A greve já foi oficializada junto ao Ministério do Trabalho e iremos paralisar, caso as empresas não acatem as nossas reivindicações”, disse um dos sindicalistas.

Outro lado

Em nota, as empresas de transporte coletivo declararam que já negociaram com os motoristas. As instituições ressaltaram que cálculos sobre os salários com base no INPC, acumulado nos últimos 12 meses, deram no aumento de 8,34%. Deste modo, não será possível atender as reivindicações da classe.

“Com inflação mais alta e o passo mais lento da economia, o ambiente para as negociações salariais está mais difícil. Dados relativos a acordos e convenções coletivas registrados no Ministério do Trabalho (MTE) nos três primeiros meses do ano mostram aumento no número de negociações que terminam sem que o trabalhador consiga sequer repor as perdas geradas pela inflação. Ao mesmo tempo, há uma redução gradativa no percentual do reajuste acima da inflação, das categorias que conseguem obter algum ganho real”, declararam em texto.

Por fim, as empresas destacaram que no primeiro trimestre deste ano, 10,94% das negociações foram fechadas com correção inferior ao INPC, que acumulou alta de 7,68% nos doze meses encerrados em março. “É o triplo do registrado em igual período do ano passado, quando apenas 3,54% dos 5.031 acordos resultaram em índice menor que o INPC, na época em 5,38%”, finalizou.

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