Welington Sabino
A morte de um homem, morador do bairro Jardim Imperador, em Várzea Grande, está sendo investigada sob suspeita de ser dengue hemorrágica. O caso foi atendido pela rede municipal de Saúde e a notificação já chegou à Secretaria Estadual de Saúde. Porém, ainda não há qualquer confirmação sobre a causa do óbito que será apontada com a conclusão de exames laboratoriais. É a primeira morte de 2015 investigada por suspeita da doença.
Mesmo assim, um servidor da Secretaria Estadual de Saúde publicou no Facebook a informação do óbito como sendo por dengue hemorrágica. Segundo ele, fez isso para alertar os moradores da região e pedir que tomem cuidado com os quintais e jardins não deixando acumular água em vasos, copos descartáveis, tampinhas de garrafas, calhas, caixas d’água e demais recipientes que armazenam água parada e possam servidor como criadouro do mosquito transmissor da doença.
As informações são de que a vítima morreu no início deste mês, mas detalhes do prontuário e locais em que foi atendida não foram divulgados. O município, que é responsável por coletar todas as informações bem como os dados do paciente, fez a notificação ao Estado nessa semana. Agora, é preciso aguardar a conclusão dos exames.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou que não existe a confirmação de que tenha sido dengue hemorrágica a causa da morte. Explicou que o resultado dos exames deve sair em 10 dias para confirmar ou descartar a suspeita de dengue. Vale destacar que a confirmação nem sempre acontece de forma tão rápida e existem casos que demoram até 2 meses. Também há casos em que apesar dos sintomas semelhantes aos da dengue, a suspeita da doença acaba sendo descartada no final.
Nas imediações do bairro Jardim Imperador houve alerta para intensificação das ações de bloqueio de transmissão por parte do Centro de Zoonoses do município que consistem na intensificação do trabalho dos agentes de endemias e visitas domiciliares mais frequentes bem como a borrifação de inseticidas em locais públicos que possam ser focos do mosquito.
De qualquer forma, sem a confirmação da causa da morte, a SES não recomenda tais medidas para não causar pânico entre os moradores. Quando um óbito é confirmado por exame também é necessário um levantamento para apontar se a vítima contraiu o vírus da doença no local onde mora ou em outra região que esteve.
Números – No último boletim sobre dengue divulgado pela SES na quarta-feira (18), consta que foram registrados 912 casos de dengue nas primeiras semanas do ano de 2015. Em comparação ao mesmo período de 2014, quando teve 1.744 casos notificados, houve uma redução de 47,7%, em todo Estado. Em relação aos casos graves e óbitos, não havia notificação para investigação até àquele momento.