Ministro da Saúde defende tributação de cigarros e bebidas para financiar saúde do país

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu, nesta sexta-feira (2), a tributação de cigarros e bebidas para financiar a saúde.


Em entrevista dada em Canoas (RS), durante visita da presidente Dilma Rousseff ao hospital universitário da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), Padilha ainda defendeu a imposição de tributos aos carros e motos para bancar o sistema de saúde brasileiro.

– Eu defendo que fontes possíveis seja tributação de cigarro pelo impacto que o cigarro tem na saúde do pais. Tributação do álcool pelo impacto que o álcool tem na saúde do país. Tributação de motocicletas, carros, que os acidentes de trânsito vitimam várias pessoas e impactam a saúde do país.  

A visita presidencial teve como objetivo a entrega de 110 leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) ao hospital da Universidade Luterana do Brasil.

Durante a visita, a presidente disse que é "enganosa" a visão de que o gasto com saúde no Brasil é suficiente. A presidente voltou a defender a necessidade de mais recursos para a área e ressaltou que os recursos devem vir acompanhados de um forte aprimoramento da gestão. 

– Meu compromisso é dizer para o povo brasileiro a verdade, por mais que seja contra a corrente do pensamento dominante. Temos um trabalho muito grande de gestão a fazer na saúde, mas, também, tenho clareza de que o Brasil inexoravelmente terá que destinar mais recursos para a saúde pública. Independe do que esse ou aquele setor pensa.

Ao dizer ser enganosa a visão de que o gasto com saúde no Brasil é suficiente, a presidente citou dados de países vizinhos como fonte de comparação.

– O Brasil, na área de saúde pública, gasta, per capita, 2,5% a menos que a saúde suplementar e privada. O Brasil gasta 42% per capita a menos do que a Argentina. Gasta 24% per capita a menos que o Chile. 

A presidenta destacou a singularidade do sistema público de saúde brasileiro, que tem como princípios ser universal, gratuito e de qualidade, e o comparou aos Estados Unidos.

– Vimos o presidente [dos Estados Unidos, Barack Obama] lutar para aprovar algo que reconhecemos desde 1988. Estamos na frente? Estamos sim, porque, aqui no Brasil, não se ousa nem pensar que [a saúde] não seja universal e gratuita. 

Questionado se já há acerto sobre um novo imposto da saúde, Padilha frisou que nada foi dito a respeito pela presidente.

– Não a ouvi falar em um novo imposto. Ouvi a presidente fazer uma crítica sobre quem criou a CPMF e não destinou os recursos exclusivamente para a saúde.

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