A negociação para solucionar o endividamento agrícola dos produtores rurais de Mato Grosso teve mais um capítulo importante na última sesta sexta-feira (18), em Brasília. A solução anunciada em fevereiro pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, de criar um grupo de trabalho dentro da própria instituição para fazer o levantamento dos endividados junto aos bancos privados poderá ter desdobramentos.
Durante encontro com o chefe da Casa Civil, Eder Moraes, e o deputado federal Neri Geller (PP/MT), secretário executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fonteles, disse que será preciso fazer o apanhado do montante das dívidas em outras fontes de recursos fora do âmbito do BNDES, como recursos para custeio e os oriundos dos fundos constitucionais.
Ao final da reunião, Neri Geller reconheceu que o BNDES terá dificuldade para fazer o levantamento de todos os produtores rurais prejudicados pelas execuções judiciais.
“O doutor Gerardo Fonteles nos orientou a fazermos um levantamento da dívida de todas as fontes de financiamento. Até então trouxemos informações segmentadas, mas precisamos ter o levantamento de outros investimentos que não são oriundos do BNDES”, destacou.
Ainda segundo Neri Geller, o fato de o chefe da Casa Civil, Éder Moraes, ter representado o governador Silval Barbosa (PMDB) mostra a preocupação do governo do Estado em solucionar o endividamento de cerca de mil produtores rurais que estão atolados em dívidas com os bancos privados.
“O governo do Estado está dando um apoio muito grande e a vinda do chefe da Casa Civil mostra a preocupação do governador Silval Barbosa e buscar uma solução definitiva, uma solução que pode ser de um lado a negociação para revisão com os bancos da taxa de juros cobrada e uma ajuda financeira do Ministério para zerar o montante acumulado”, ressaltou.