Para evitar o aprofundamento de uma crise administrativa, o Governo do Estado incumbiu a Secretaria de Administração (SAD) de apresentar uma proposta de aumento salarial aos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
No entanto, os valores foram rechaçados pelos representantes da categoria, que estiveram reunidos, durante toda a manhã desta quarta-feira (10), com o secretário de Administração, Cezar Zílio, e com deputados, na Assembleia Legislativa. Apesar disso, a possibilidade de greve dos policiais militares está descartada porque é esse tipo de expediente é vedado pela Constituição Federal à instituição.
O diálogo foi intermediado pelo deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), líder do Governo no Parlamento.
Pela proposta já rejeitada, policiais militares e bombeiros teriam um aumento de 4% neste ano e 8% em 2012. Ainda seria concedido reajuste de 20% dividido em dois anos – 2013 e 2014.
"O Estado ratificou a proposta enviada à categoria e o sindicato fará uma avaliação. Tudo está sendo feito dentro da realidade financeira e não podemos extrapolar limites para não desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse Zílio.
Diante da rejeição, caberá agora à SAD formular uma nova proposta e apresentá-la nos próximos dias para, futuramente, vir a ser discutida em assembleia-geral dos policiais militares.
Reivindicação
O vice-presidente da Associação de Subtenentes, Sargentos e Oficiais Administrativos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, Jamil Amorim de Queiroz, explicou em detalhes a proposta da categoria.
"Nós queremos que o subsídio do policial seja vinculado ao subsidio do coronel. Atualmente, têm o subsidio do subtenente e os percentuais até o soldado. O subtenente tem um ganho no valor em relação ao coronel de 33,5%", disse.
A categoria que recebeu aumento de 6% neste ano, a título de perda inflacionária, aceita o reajuste dividido em percentual dos próximos anos.
"Nós queremos essa vinculação que fique em pelo menos 37%. A partir deste momento, estaremos tratando de uma única proposta salarial. Fizemos uma contraproposta e aceitamos 4% do Governo em dezembro de 2011, um adicional de 8% em 2012 e a vinculação em 2013", disse o sindicalista.