Militares protestam por aumento na ALMT

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Chico Ferreira

Cerca de 1.000 militares, entre policiais e bombeiros, realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa (ALMT) para cobrar o apoio dos deputados estaduais na negociação, junto ao governo do Estado, da reestruturação salarial da categoria. Os praças e oficiais afirmam que o salário pago em Mato Grosso é o pior do Centro-Oeste e defendem um reajuste salarial de cerca de 40%, parcelado em 18 meses, além do pagamento de diversos benefícios. Eles não descartam greve nem mesmo durante a Copa do Mundo.

Os militares de folga, se reuniram no Ginásio Verdinho e decidiram seguir para a ALMT. Segundo representantes das associações, caso não haja negociação com o Estado, não está descartada greve ou aquartelamento. O governo alega não poder conceder os reajustes por conta da legislação, que proíbe tal iniciativa em ano de eleições.

Um dos representantes do movimento, o Presidente da Associação dos Oficiais, Major Vanderson Nunes de Siqueira, alegou que com a reestruturação não haveria mais “distorções” de cargos. “Para nós tanto faz se um sargento tem um ano de corporação ou 20. Tanto faz se ele qualifica, ou não, porque hoje se ganha a mesma coisa”.

De acordo com Siqueira, esta é uma das situações que desmotivam os policiais. Outra ‘distorção’ cuja correção é exigida pelos militares, é a equiparação ao salário pago para a Polícia Civil.“Atualmente a Polícia Civil recebe o salário 70% maior do que os militares”.

Dentre os pedidos protocolados estão a definição da jornada em até 40 horas semanais, além do pagamento de adicionais noturnos e de insalubridade. “Este projeto de reestruturação tenta resgatar um pouco dos prejuízos que as categorias têm sofrido”.

As duas categorias estão aguardando a resposta do governador Silval Barbosa que recebeu os pedidos há cerca de um mês atrás. A proposta encaminhada para o governo foi de parcelamento de quatro parcelas em dois anos, começando a partir de julho deste ano, com o próximo reajuste para novembro, Outras duas para 2015, a terceira para o mês de maio e no final do ano que vêm.

De acordo com um estudo elaborado pelas associações, a Polícia Militar de Mato Grosso tem o salário mais baixo da região Centro-Oeste do país, com inicial de R$ 2,3mil, enquanto que os militares de Goiás nas mesmas condições recebem R$ 4,5 mil e em Mato Grosso do Sul, R$ 3,7 mil.

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