A Gazeta
Microempreendores de Mato Grosso contrataram R$ 9,569 milhões para investimento e capital de giro, no 1º semestre deste ano, junto à Agência de Fomento de Mato Grosso (MT Fomento). Comparado com o resultado alcançado nos 6 primeiros meses de 2013, quando os financiamentos atingiram R$ 6,230 milhões, as contratações evoluíram 53,60%. Em 2014, o montante foi pulverizado entre 463 contratos atendidos em 39 municípios mato-grossenses, alcançando a média de R$ 20,668 mil por empreendedor.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o tíquete médio deste ano foi inferior em 7,77% ao valor garantido durante o mesmo período do ano passado, quando se manteve em torno de R$ 22,410 mil por contrato. Esse resultado foi buscado pela Agência, segundo o diretor de Operações da MT Fomento, Júlio Shimizu. “Quanto menor o tíquete médio, maior é a divisão, ou seja, dessa forma conseguimos atender mais empreendedores”.
No ano passado foram atendidos 278 contratos em 32 municípios do Estado. O número confirma um acréscimo de 66,64% nas operações de crédito realizadas este ano. Desde o ano passado, a Agência mantém um programa de capacitação de agentes de crédito em parceria com prefeituras, sindicatos e associações em 109 municípios. Até agora, foram capacitados 208 agentes e a meta é universalizar o atendimento no Estado para fortalecer a representação da instituição de crédito em Mato Grosso.
“A MT Fomento é indutora do desenvolvimento, mas com a realização da Copa do Mundo os recursos foram mais escassos para investir aqui”. Shimizu cita que a Agência foi credenciada para disponibilizar recursos do FCO, microcrédito do BNDES e também da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), inclusive para operar com o crédito rural. “A tendência é trabalharmos com investimento, apoiando principalmente a piscicultura”.
Atualmente são mantidas 14 linhas de crédito pela Agência, com taxa média de juros de 5,3% ao ano ou 2% ao mês. O público atendido pela agência de fomento do Estado é constituído majoritariamente por microempreendedores individuais (MEI), além de micros e pequenos empresários. “Não restringimos o financiamento para implantação de atividade, apesar de assim assumirmos uma exposição maior ao risco”.
Para mitigar esse risco, a Agência avalia criteriosamente a atividade e aceita garantias como , alienação fiduciária, penhor e fundo de aval. “Para facilitar o acesso ao crédito estabelecemos convênio com o Sebrae para disponibilizar o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), que consegue aceitar uma composição de garantias”.
Em 2012, a microempreendedora Márcia Ferreira, 40, recorreu à MT Fomento para aquisição de equipamentos. “Também precisava concluir a reforma e consegui emprestar R$ 12 mil, o dobro do que pretendia contratar”. O empréstimo será devolvido em 60 vezes e até agora Márcia quitou 25 parcelas. “Achei o juro mais baixo que nos outros bancos, oproblema foi só a demora paraaprovar e liberar”.