“Meu irmão é maior de idade; eu vou dizer o quê?”

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O juiz federal Julier Sebastião da Silva ainda não tomou conhecimento do pedido dos Ministérios Públicos Estadual e Federal para que ele se declare impedido de julgar questões relacionadas ao VLT (Veículo Leve sobre Trilho). A alegação é que o juiz tem um irmão, Joel Divino da Silva, que trabalha na Secopa (Secretária Extraordinária da Copa do Mundo).

Em entrevista exclusiva ao MidiaNews, na tarde desta sexta-feira (24), Julier afirmou que o pedido de suspeição, que será analisado por ele, não havia chegado ao seu gabinete. 

“Por ora, não posso falar nada. Não recebi (a petição) ainda. Não sei do que se trata”, disse. 

O juiz federal disse, no entanto, que recebeu de maneira tranquila a informação sobre o pedido, via imprensa. Ele afirmou, ainda, que seria “inusitado” o fato de o Ministério Público ser o autor da petição. 
 

"Já houve esse tipo de incidente processual em outras situações. Só que, normalmente, manuseados por membros ligados ao crime organizado, quadrilhas e afins"

“Isso é normal, já houve esse tipo de incidente processual em outras situações. Só que, normalmente, manuseados por membros ligados ao crime organizado, quadrilhas e afins. Então, o inusitado seria esse fato (de o pedido ter sido feito pelo Ministério Público). Mas, repito: é normal”, afirmou.

"Maior de idade"

Julier confirmou que o irmão trabalha na Secopa, e sugeriu que tal fato não tem nenhuma relevância para o desempenho de sua atuação como magistrado. 

“Como dizem, ele é maior de idade, pai de família, profissional formado, e trabalha… Eu vou dizer o quê?”, pontuou. 

Questionado se o pedido do Ministério Público lhe soava ofensivo, Julier apenas disse: “Não vi ainda. Quando eu o receber, vou ter a oportunidade de formar um juízo de valor. Juiz não fala de prognóstico, só de passado”, afirmou.

Caso Julier não se dê por impedido em continuar a julgar a ação contra o VLT, e outras questões relacionadas à Secopa, o pedido será analisado pelo Tribunal Regional Federal. Se concordar com o Ministério Público, a liminar revogada por ele, dada pelo juiz federal Marllon Sousa e que suspendia o contrato e as obras do VLT, passa a valer novamente.

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