A atuação estava tão boa que Bruno Uvini, reserva do São Paulo que substituiu Thiago Silva no clássico, conseguia desarmar Messi. Na frente, Neymar e Oscar se movimentavam bastante e distribuíam chances que Hulk e Leandro Damião desperdiçavam. Neymar ainda caiu duas vezes na área em lances duvidosos.
Aos 22 minutos, o astro do Santos cobrou falta na lateral direita em direção à entrada da pequena área para Rômulo ter a frieza que faltou aos outros dois atacantes e abrir o placar. Por enquanto, Neymar era decisivo e Messi pouco aparecia no clássico disputado em New Jersey.
O craque do Barcelona, porém, foi eficiente nas duas primeiras vezes em que foi visto. Aos 31 minutos, Gago tomou a bola de Sandro e a entregou na grande área para o camisa 10 empatar. Dois minutos depois, o melhor jogador do mundo tabelou com Di María antes de driblar Rafael Cabral e selar a virada.
O Brasil demorou a se recuperar do susto causado pela inexperiente defesa formada por Juan e Bruno Uvini diante do principal jogador do planeta. Quando encaixou seu jogo, voltou a perder gols com Hulk, Leandro Damião e até Sandro de frente para o goleiro Romero.
Na volta do intervalo, Neymar foi adiantado ao ataque e desapareceu. O espaço, contudo, foi dado para Oscar. O camisa 10 até suportou uma contusão e, no lance em que pediu para nenhum colega chutar a bola para fora, apareceu para tocar para Leandro Damião fazer o trabalho de pivô e deixar o meia em condições de empatar, aos dez minutos.
A Argentina não era dominada, mas tinha dificuldades para aparece na frente. Já Mano Menezes tinha Neymar a seu favor em outra bola parada: o camisa 11 bateu escanteio da esquerda que Romero rebateu mal, facilitando para Hulk virar o placar com um voleio aos 26 minutos.
Mas o Brasil, já com alterações ofensivas, se mantinha com a jovem zaga. E Bruno Uvini nem subiu para tentar vencer Fernández em cobrança de escanteio. Resultado: o zagueiro selou empate, aos 30 minutos. A correria ficou para os dois lados na busca pela vitória no clássico.
Um craque, porém, não precisa correr muito. E fica mais fácil quando ele é esquecido. Aos 39 minutos, Messi carregou a bola colada aos seus pés com liberdade na intermediária, como gosta, e só a soltou no ângulo direito de Rafael. Não havia mais o que fazer. O principal jogador do mundo estava do outro lado.
Nos últimos minutos, Lavezzi, com poucos segundos em campo, se desentendeu e agrediu Marcelo, que devolveu com um tapa no rosto. Cartão vermelho para ambos, insuficiente para manchar mais uma partida em que o melhor jogador do mundo mostrou sua indiscutível qualidade.