“Mereço uma segunda chance”, diz Nelsinho Piquet

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Prestes a iniciar uma nova etapa em sua carreira, disputando a Nascar Truck Series, competição em caminhonetes nos Estados Unidos, Nelsinho Piquet quer deixar para trás os maus momentos vividos na Fórmula 1. 

O piloto que ficou marcado por bater de propósito no GP de Cingapura de 2008, por ordem do chefe da Renault, Flavio Briatore, para facilitar a vitória de seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, hoje quer apagar o passado e construir uma sólida carreira nos Estados Unidos. 

– Mereço uma segunda chance, todo mundo merece. Eu era jovem, imaturo, estava sob pressão e errei. Peço desculpas se prejudiquei alguém, mas agora quero esquecer a Fórmula 1 e me focar nesse trabalho na Nascar. 

Nelsinho ficou dois anos e meio ligado à Renault. Piloto de testes em 2007, foi promovido a titular em 2008, mas a equipe teve problemas para acertar o carro e seu único bom resultado foi um segundo lugar no GP da Alemanha, numa corrida tumultuada e cheia de acidentes e entradas do safety car. 

Em 2009, Nelsinho não marcou nenhum ponto e acabou afastado no meio da temporada para a entrada do francês Romain Grosjean. Irritado, pôs a boca no trombone e confessou a história que já despertava suspeitas na Fórmula 1. 

– Para falar a verdade, prefiro nem falar mais sobre esse assunto. Foi uma experiência e pretendo agora pensar só no futuro. 


Nelsinho acredita que o próprio ambiente do automobilismo norte-americano, mais informal do que na Europa, servirá para que ele se dê bem em sua nova experiência. 

– Na Fórmula 1 é tudo muito controlado, há sempre muitos assessores por perto. Nos Estados Unidos os pilotos são mais soltos, têm mais liberdade para dizer o que pensam, e eu acho que posso me dar bem num lugar assim. 

Nelsinho competirá na Truck Series, equivalente a uma terceira divisão na Nascar, e sua meta é chegar à categoria de elite, onde apenas um brasileiro já correu: Cristian Fittipaldi. 

– Eu acho que posso me dar bem, abrir um novo caminho para os pilotos brasileiros. Tenho um plano de longo prazo e quero lutar pelo título daqui a cinco ou seis anos, acho que tenho capacidade para isso.

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