O bloco comercial Mercosul suspendeu neste domingo (24) a participação do Paraguai na próxima cúpula regional que o grupo realizará na semana que vem, informou neste domingo a chancelaria argentina.
Em comunicado, a chancelaria informou que os países-membros do Mercosul e os Estados associados expressaram "sua mais enérgica condenação à ruptura da ordem democrática na República do Paraguai, por não ter sido respeitado o devido processo".
Por isso, decidiram "suspender o Paraguai de forma imediata e, por este ato, do direito de participar da Reunião do Conselho do Mercado Comum e da cúpula de presidentes do Mercosul".
Os encontros serão realizados na cidade argentina de Mendoza, entre os dias 25 e 29 de junho.
Na sexta-feira (22), o Congresso paraguaio aprovou o impeachment do então presidente do país, Fernando Lugo, e deu posse a seu vice, o liberal Federico Franco. O processo foi aberto na quinta-feira (21) e concluído no dia seguinte.
Mais cedo, Chávez ordenou a retirada do embaixador venezuelano do Paraguai e interrompeu o envio de petróleo ao país.
As declarações de Chávez e da chancelaria argentina aconteceram no mesmo dia em que o ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, se pronunciou pela primeira vez após o impeachment.
Lugo disse que os presidentes de Brasil, Argentina e Uruguai são amigos do Paraguai e alertou para o "retorno da ditadura" no país.
— A comunidade internacional vê com objetividade e serenidade o processo aqui no Paraguai. Vocês têm noção de que nossos amigos, os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai, estão retirando seus embaixadores daqui.