Após ser violentada por três alunos dentro da escola Estadual Leonor Quadros na zona sul de São Paulo, na última semana, a jovem de 12 anos está sendo ameaçada.
De acordo com a advogada da menina, “uma voz masculina de número não identificado” tem ligado para a casa dela e aviso do que sabe onde ela mora.
“Ligaram para ela e a mãe dela ontem à noite e duas vezes hoje. Falaram para ela ficar ligada, mandaram parar de dar declarações”, diz Yasmin Chehade.
A advogada acrescenta que dois dos três acusados já foram ouvidos pela polícia. O mais velho, de 16 anos, confessou o crime após pedir ajuda à polícia.
Já o mais novo, de 14 anos, afirmou em depoimento que não estava no local. Ele estava acompanhado da mãe, que parecia muito abalada.
Contudo, a advogada da vítima estaca: “existe a declaração individual e a versão da polícia. Na individual, esse de 14 anos negou. Mas, pela declaração da polícia, os menores confessaram. Ou seja: ela usa o plural. Então, para mim, o que vale é a versão da polícia”.
O terceiro acusado, também de 16 anos, mudou de endereço. E de acordo com Yasmin Chehade, a mãe foi localizada pela polícia e ela confirmou que fugiu com medo de retaliações, mas que o filho está à disposição da justiça.
O delegado da 97ª DP (Americanópolis) Paulo Rabello não quis comentar as declarações e informou que o caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois acusados seguem em liberdade, como revelou o jornal Extra.
A menina está em casa fazendo tratamento e por causa da forte medicação, ela tem predido cabelo, além de sentir muitas náuseas e dores de cabeça.