Médicos de Portugal e Espanha terão prioridade para trabalhar no Brasil

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Governo vai dar preferência aos países que sofrem com crise de emprego

Carolina Martins, do R7, em Brasília

Médicos protestaram contra a “importação” de especialistasDiogo Zanatta/FuturaPress/EstadãoConteúdo

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (8), que médicos espanhóis e portugueses vão ter prioridade para trabalhar no Brasil. Segundo o governo, Espanha e Portugal terão preferência porque estão em um momento de crise econômica e os médicos desses países estão com dificuldade de encontrar emprego.

Além de priorizar as nações europeias por causa do momento econômico, o Ministério da Saúde também adota o critério de somente contratar profissionais de países onde a taxa de médicos por habitantes é maior que a do Brasil.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, há 1,8 médico para cada mil habitantes brasileiros. Em Portugal, a taxa é de 3,9 médicos e na Espanha o índice é de 4 médicos por habitante.

Países como Peru, Chile, Paraguai, Bolívia, Colômbia e Equador estão fora da lista porque possuem menos médicos por habitante que o Brasil.


Médicos cubanos

O Ministério da Saúde também negou que tenha desistido de trazer médicos cubanos para trabalhar no Brasil. Segundo o governo, a taxa de Cuba é de 6,7 médicos por mil habitantes e por isso o país continua na lista de países que podem ter profissionais contratados pelo Ministério da Saúde para trabalhar no País.

Trazer médicos estrangeiros para atuar no Brasil é uma solução indicada pelo governo para solucionar a falta de profissionais no interior do País e nas regiões de fronteira — locais considerados pouco atrativos para os profissionais de saúde.


A medida ganhou força depois das manifestações populares que tomaram conta das grandes cidades no mês passado. Entre as reivindicações, a população reclamava da qualidade nos serviços públicos de saúde.

Para tentar sanar o problema, a presidente Dilma Rousseff anunciou o pacto da saúde, prometendo mais médicos, hospitais e investimentos em cursos de medicina.
 

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