Médico acusado de praticar abortos é preso novamente em Barra do Garças

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Welington Sabino, repórter do GD


Divulgação
Médico Orlando Alves Teixeira volta a ser preso sob acusação de praticar abortos

O médico Orlando Alves Teixeira, acusado de realizar abortos no município de Barra do Garças (509 Km ao leste de Cuiabá), foi preso novamente nesta quarta-feira (19) sob acusação do mesmo crime, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça a pedido da Polícia Civil. Ele já havia sido preso no dia 9 de março de 2012 pela Polícia Federal (PF) juntamente com outras 7 pessoas na operação, Pró- Vita, acusado de utilizar da estrutura e do cargo que ocupava no Hospital Municipal de Barra do Garças para simular atendimentos de emergência em pacientes grávidas que o procuravam para realizar abortos. Em fevereiro do ano passado ele foi preso pela segunda vez por determinação da Justiça.

Depois de ganhar liberdade, a Polícia Civil passou a investigá-lo e juntou elementos apontando que Teixeira teria voltado a praticar abortos no município. Foi então solicitado ao Judiciário que decretasse sua prisão e emitisse mandado de busca e apreensão com objetivo tentar localizar medicamentos abortivos ou equipamentos. O juiz Wagner Plaza Machado Júnior acatou o pedido. O mandado de prisão foi cumprido por investigadores da Civil juntamente com servidores da Agência de Vigilância Sanitária Municipal (Anvisa) de Barra do Garças. No consultório do médico, foram apreendidos aobjetos e documentos.

Além das prisões sob acusação de praticar abortos, o médico Orlando Teixeira também é conhecido por seu envolvimento do médico na tragédia do Césio 137, ocorrida em Goiânia (GO), em 1987, que culminou com a morte de 60 pessoas e atingiu outras mil. Mas a defesa dele em emtrevista ao jornal A Gazeta em março de 2013 garantiu que já houve a extinção da punibilidade do acusado no caso.

Orlando responde a processos na Justiça movidos pelo Ministério Público, e também responde a sindicância no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM/MT). A reportagem não conseguiu confirmar junto à Corregedoria do CRM qual é a situação da sindicância, se foi finalizada ou se ainda está em andamento.

Em 2012, depois de ser preso pela PF, sob acusação de realizar aborto em unidades de saúde do município, cobrança indevida por procedimentos e desvio de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), Teixeira foi denunciado pelo Ministério Público num processo criminal pelas práticas de aborto, peculato e corrupção passiva. A denúncia foi aceita em julho daquele ano pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 2ª Vara Criminal de Barra do Garças. A magistrada, à ocasião, determinou a imediata suspensão do exercício da função pública de Teixeira.

Na esfera civil, o Ministério Público ingressou com ação pública por ato de improbidade administrativa com pedido de afastamento que foi negado em primeira instância e o órgão ingressou com recursos. O fato é que de acordo com as investigações da Polícia Civil ele continuava atendendo em sua clínica e praticando abortos, por isso o pedido de prisão e também busca e apreensão foi deferido pela Justiça.

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