O Corinthians aparece atualmente como principal interessado em contratar o atacante Adriano, que rescindiu seu contrato com a Roma-ITA e está protelando a decisão sobre seu futuro, na esperança de convencer o técnico Vanderlei Luxemburgo a aceitá-lo novamente no Flamengo.
A julgar pelo desempenho do atual dono da camisa 9 alvinegra, no entanto, a vontade de levar Adriano para o Parque São Jorge pode ser encarada como uma espécie de “gula” dos dirigentes, visto que outros clubes, como o próprio Flamengo, sofrem para encontrar um artilheiro no mercado.
Liedson, que assumiu o número antes usado por Ronaldo, não esperou nem o Fenômeno anunciar sua aposentadoria de forma oficial para começar a fazer o torcedor se esquecer do pentacampeão.
Atual vice-artilheiro do Campeonato Paulista, com um gol a menos marcado que o santista Elano, Liedson tem média de 1,12 por jogo, pois balançou as redes nove vezes em oito partidas pelo Estadual.
Logo em sua reestreia pelo Timão, o Levezinho, que saiu do Parque São Jorge em 2003 para defender o Sporting, de Portugal, marcou dois na goleada por 4 a 0 sobre o Ituano, repetindo o desempenho contra o Mogi Mirim e o Grêmio Prudente, e completando os nove gols diante de Santos, Linense e Americana.
O próprio jogador admitiu surpresa com o rendimento que vem mostrando em sua volta ao Parque São Jorge, e garantiu “não pensar muito” na possível chegada de Adriano para brigar com ele pela camisa 9.
– Não imaginava um começo tão bom assim, mas trabalho para isso e esse momento é consequência do trabalho de todo o grupo. Sobre o Adriano, ouvi alguns comentários, mas procuro nem pensar nisso. Não sei se é verdade. A diretoria sabe o que o Corinthians precisa. Se o Adriano vier, será bom, mas é o Tite quem deve dizer como o time jogará caso o Adriano chegue.
Em cima do muro
Fã incondicional do trabalho do Levezinho, a quem considera um jogador “identificado com o Corinthians”, o técnico Tite também tem procurado não se manifestar sobre Adriano, rotulado por ele como sendo um “excepcional jogador”.
– Este é um tema polêmico, mas eu vou ser bem direto. O presidente Andrés Sanchez e o Roberto [de Andrade, diretor de futebol] já sabem a minha opinião, mas publicamente eu não vou falar.