O renomado advogado Cleverson Campos Contó também é
acusado de estupro por uma empregada doméstica que trabalhava há um ano na casa
dele. Cleverson coleciona denúncias de abuso, estupro, ameaça e agressão
contra, pelo menos, oito mulheres.
O advogado ainda é figurinha carimbada de confusões em
camarotes da antiga boate Valley, tendo chegado a ameaçar um homem de morte,
alegando que ele estava “mexendo” com a namorada dele.
De acordo com o boletim de ocorrência, a empregada estava
trabalhando na casa do advogado, em 17 de janeiro de 2016, quando, por volta
das 16h, começou a ser assediada pelo advogado. Conforme o relato da vítima,
ele passou a mão pelo corpo dela com força e chegou a tirar o pênis para fora
da roupa.
Ele teria começado a mostrar o órgão genital para a vítima
enquanto a molestava. A empregada declarou que não teve nenhuma lesão corporal.
Nessa semana, Contó foi acusado por duas mulheres durante um
programa de rádio de Cuiabá. Elas se relacionaram com ele e foram vítimas de
abuso, agressão e violência psicológica.
Uma das mulheres é médica e registrou BO contra o advogado
em 2015, quando, após terminar o namoro de três anos com ele, passou a ser
perseguida pelo advogado. Em uma das ocasiões, ele conseguiu passar pela
portaria do prédio da médica e esmurrou a porta do seu apartamento.
REDES SOCIAIS
Através do Instagram, a médica Laryssa Moraes gravou uma
série de vídeos neste domingo (6) denunciando que também foi vítima do advogado
Cleverson Campos Contó. Ela expôs detalhes chocantes das sessões de
tortura e agressões que era submetida enquanto manteve um relacionamento
com o suspeito.
“Esse senhor me espancou brutalmente. Ele quebrou o meu
nariz, ele que descolou as minhas retinas, ele que pegou um pendrive e quis me
estuprar com ele. Foi ele que fez tudo isso comigo. E eu nem acredito que
depois de três anos e pouco então decidi que não ia ficar off. Estou tendo
coragem de falar o nome dessa pessoa mesmo com medo de morrer porque sim, eu
estou sendo ameaçada, porque só ontem mais quatro vítimas apareceram”,
relata desabafou ela logo no início das publicações.
Nas gravações, a médica revela que foi agredida com soco na
cara, puxão de cabelo, empurrão de escada, batida de cabeça em quina. “Eu
apanhei porque não quis fazer uma salada”, lembra ao explicar também que o
porteiro e vizinhos escutavam as agressões e ofereciam ajuda enquanto ela se
escondendo com os olhos roxos e diversos hematomas.
Segundo ela, celulares eram quebrados e suas fotos e
arquivos eram apagados por Cleverson. Ela lembra que quando aparecia no
consultório com marcas de agressões precisava mentir para os pacientes chegando
a dizer que tinha sofrido um acidente de carro. “E claro que eles não
acreditavam, hoje eu sei” conta ela em outra parte relembrando os xingamentos
e ofensas proferidas pelo companheiro que também a fez afastar de amigas que,
segundo ele, não prestavam não gostavam de Laryssa. “Quando eu vi,
estava restrita ao círculo de amizades dele, sozinha com medo, uma pessoa que
sabe que eu vim de uma família humilde, sabia que eu tinha passado por muitas
dificuldades pra conseguir me formar, sabia que eu tinha receio, que a única
coisa que tenho é minha profissão e ele falava que ia acabar com isso”.
Folhamax