Marcos Valério é condenado por lavagem no processo do mensalão tucano

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Publicitário e seus ex-sócios pegaram pena de nove anos e dois meses de prisão cada um

O ex-publicitário Marcos Valério, considerado o operador do esquema do mensalão do PT, juntamente com seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, foi condenado por lavagem de dinheiro e evasão de divisas no processo do mensalão tucano. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal) de Minas Gerais, os três deverão cumprir penas de nove anos e dois meses de prisão, além de terem de pagar uma multa de 250 salários mínimos.

Os crimes ocorreram entre os anos de 1998 e 2000 e foram descobertos durante os trabalhos de investigação realizados pela Força-Tarefa Banestado. Segundo a denúncia do MPF,Valério e sócios promoveram a saída clandestina de recursos financeiros do País por intermédio da Beacon Hill Service Corporation e da subconta Lonton, mantidas junto ao JP Morgan Chase Bank, em Nova Iorque/EUA.


Os investigadores identificaram 23 transferências em que a empresa SMP&B, comandada pelos réus, foi a beneficiária, ordenante e/ou remetente das divisas.

De acordo com a sentença, “pela análise da documentação constante dos autos, resulta certa a autoria dos ilícitos atribuídos aos acusados, bem como inconteste a prova da materialidade dos mesmos”.

O crime de lavagem envolveu o branqueamento dos valores arrecadados no contexto do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro, “uma estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMP&B Comunicação Ltda e seus sócios”.

Em fevereiro deste ano, Marcos Valério, e Rogério Tolentino, seu ex-sócio e ex-advogado, haviam sido condenados por corrupção no mesmo processo. Valério foi condenado por corrupção ativa, e Tolentino, por corrupção passiva.

De acordo com a denúncia, entre setembro e outubro de 1998, a pedido de Valério, Tolentino teria recebido R$ 303 mil para, como juiz do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), favorecer a candidatura de Eduardo Azeredo (PSDB), que à época tentava a reeleição para o governo de Minas.

A pena imposta a ambos foi de dois anos e dois meses e já foi substituída por multa no valor de 150 salários mínimos e prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. Valério está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e Tolentino está na Penitenciária José Maria Alkmim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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