Luiz Acosta, reporter do GD
Ainda não foi desta vez que Satanás ganhou uma marcha pelas ruas da cidade. Pelo menos em Cuiabá. O evento denominado “Marcha para Satanás”, que em princípio tinha como concentração a Praça das Bandeiras, no Centro Político Administrativo, às 17h, resumiu-se a um grupo de seis ou sete “testemunhas” para um efetivo de monitoramento da Polícia Militar de oito soldados.
De acordo com seus idealizadores e o que foi “pregado” durante toda a semana nas redes sociais a ideia era reunir um número considerável de participantes para protestar contra a influência da teologia na política, cada vez mais presente, com a eleição de pastores, ‘ministros’ e outras pessoas ligadas a diversas religiões. Entretanto, talvez pelo nome dado ao evento, ninguém quis saber de “bater palmas para o capeta”.
O ‘ponto alto’ do evento satânico foi a prisão de suas mulheres que teriam, segundo a polícia, permitido que uma menor de idade consumisse bebida alcoólica. Descobriu-se que a divulgação do evento foi feito por uma conta fake (perfil falso) em uma rede social em nome de um pseudo professor Dagoberto Damasceno, que seria da Universidade de São Paulo e garantindo que a tal marcha para Satanás ocorreria em 14 cidades brasileiras.
Ainda que tivesse sido levada a efeito, a ‘marcha para o capeta’ seria impedida pelas autoridades, portanto, não possuía autorização prévia, procedimento exigido para eventos dessa natureza e que reúne grande número de pessoas em praças ou vias públicas.
O secretário adjunto de Fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública, Noelson Carlos Silva Dias, esteve presente no local e disse que as pessoas que se fizessem presentes seriam orientadas a voltarem para casa, uma vez que, sem licença ambiental e autorização do poder público, o ato não seria realizado.