Marcelândia: Pai e filhos foram condenados à 14 anos de reclusão por homicídio cometido à 20 anos.

Data:

Compartilhar:

Após passarem os 20 anos, que esse crime ocorreu no distrito de Analândia do Norte no dia 26/11/1995,  finalmente os criminosos foram julgados. 

Segundo as testemunhas antes de acontecer o crime a vítima VANDERLEI CÉSAR PERCIAK, conhecido como POLACO contou via telefone  para a sua mãe Dona LAURA ROESLER PERCIAK que residente na época na cidade Nova Bandeirantes-MT, que iria fazer um acerto trabalhista  junto a madeireira Mara de propriedade de LUIZ DA SILVA MENDES, popularmente conhecido como LUIZÃO, e que tinha um  bom dinheiro para receber.

 Segundo as informações da polícia, o VANDERLEI conhecido como POLACO também era professor e que  trabalhava durante o dia na madeireira MARA e a noite dava aulas. 

Na conversa que teve com a sua mãe, dona Laura, Vanderley disse que iria passar o natal na casa que ele tinha em Alta Floresta e que morava junto com o seu irmão que era para a sua mãe  ir até lá. 

Após passar alguns dias mais precisamente na na noite do crime  por volta das 20:00 horas, o Claudecir Silva Mendes, popularmente conhecido por Cláudio que é o filho do Luizão e estava junto com o MARCÃO  funcionário de confiança do Luizão, disseram ao DONIZETE LOPES DOS SANTOS  que também  trabalhava na madeireira Mara como cortador de toras que era para o mesmo ajudar caçar  o POLACO porque ele tinha tentado estuprar  a filha do Cláudio que na época tinha apenas 5 anos. 

O DONIZETE  conhecia bem o Vanderlei e que o mesmo  era uma pessoa que gostava muito de crianças e era uma pessoa muito boa e educada e incapaz de fazer mal a alguém e mesmo assim saiu em companhia do MARCÃO e o CLÁUDIO e foram até o trevo localizado bem aproximo ao Distrito de Analândia mas não conseguiram encontrar o POLACO e retornaram para a madeireira e enquanto o LUIZÃO deixou o seu outro filho, o JONECIR MENDES, popularmente conhecido como “GORDO” juntamente com o guarda da madeireira, na cabeceira da ponte localizada ali próxima enquanto pessoal continuava caçando o Vanderlei (POLACO).

O DONIZETE, porém, voltou para a sua casa porque sabia que o VANDERLEI era inocente e que quando saiu para procurará-lo foi na intenção de acalmar o pessoal que estavam procurando o POLACO para que não acontecesse nada com o mesmo. 

Como não encontraram o POLACO, resolveu voltar para a sua casa. No dia seguinte, o  DONIZETE  ficou sabendo que a turma do Luizão e seus filhos tinham matado o VANDERLEI. Segundo o DONIZETE, em depoimento, disse que não acredita que o POLACO tenha cometido  tal estupro, porque a menina na época havia passado pelo médico em Marcelândia e não tinha constado nada nos exames.

condenadosSegundo o depoimento do médico legista, o LUIZÃO ainda foi quem levou o corpo do VANDERLEI até o hospital para que fosse feito o exame pericial.

Quanto ao exame de conjunção carnal  da menina T.F. filha do CLÁUDIO  que na época tinha apenas cinco anos, o médico disse que nada constou e que a menina não foi violentada. 

Todos funcionários da madeireira na época foram ouvidos. E todos falavam que quem matou o Vanderlei foi o guarda da serraria e Segundo as investigações os disparos foram efetuados de uma espingarda cartucheira, e que após ser alvejado a vítima ainda caminhou uns trezentos metros, isto pode ser comprovado através das marcas de sangue  que ficaram no local. 

De acordo com a polícia, o disparo atingiu a vítima no braço próximo as axilas

Cinco anos após o crime, ou seja, no dia 29 de junho de 2000, o Ministério Público do estado de Mato Grosso da Comarca de Colíder-MT,  por intermédio do promotor de Justiça Dr. Sérgio Silva da Costa, requisitou a instauração do inquérito policial para apurar a prática do eventual crime de homicídio (Artigo 121, do código penal), por parte de LUIZ DA SILVA MENDES (LUIZÃO) proprietário da Indústria e Comercio de Madeiras Mara Ltda, estabelecida no Distrito de Analândia do Norte no município de Marcelândia. 

 Segundo o promotor, existia fortes indícios de colaboração de ocultação do crime através de recebimento de vantagens econômica. Mas  no desenrolar das investigações além de muitos pormenores, ficou evidenciado, que a vítima após a morte foi submetido à exames Necroscópicos no Hospital São Miguel, pelo Médico na época, isso no mês de novembro de 1995. 

O referido laudo simplesmente desapareceu da delegacia de Marcelândia juntamente com tudo que se dizia à respeito do homicídio. E assim foi solicitado a exumação de cadáver no qual foi realizado no dia 31  do mês de agosto do ano de 2.000. E segundo o resumo da exumação, constou que foram encontrados restos de chumbos no lado direito do cadáver dentro do caixão.

Mas por conta do desaparecimento de tais documentos o processo foi interrompido e somente deu continuidade 20 anos após o crime.

Dr. Jaime Carvalho Júnior, Dr. Paulo Rogério de Oliveira, Dr. Silvio Eduardo Polidório e Dr. Abdiel Virgino Mathias de Souza

Os Advogados de defesa: Dr. Jaime Carvalho Júnior, Dr. Paulo Rogério de Oliveira, Dr. Silvio Eduardo Polidório e Dr. Abdiel Virgino Mathias de Souza

Apesar de todo empenho, os quatro advogados de defesa não conseguiram convencer o juri de que faltavam provas suficiente que incriminasse os réus.

O Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca de Marcelândia Dr, Silvio Mendonça Ribeiro Filho e a Promotora DRª. Mariana B. Silva

O Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca de Marcelândia Dr, Silvio Mendonça Ribeiro Filho e a Promotora DRª. Mariana B. Silva

Assim em face à soberana decisão do conselho de sentença, e pelo que dispões do artigo 492, inciso I do Código penal foram condenados os réus Jonecir Mendes o “GORDO” cujo o mesmo não esteve presente  ao juri, Luiz da Silva Mendes o “LUIZÃO” e Claudecir da Silva Mendes  foram condenados à 14 anos de reclusão.

Valmir Silva/Cidade News Online Direto da Redação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas