Mano nega geração de frangueiros no Brasil e pede paciência

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Durante muito tempo, a posição de goleiro na seleção brasileira foi unanimidade. Primeiro Taffarel, depois Marcos, Dida e por fim Julio César. Com o fracasso na Copa de 2010, a equipe nacional se viu obrigada a renovar. Desde então, sofre para definir um titular absoluto para defender a meta verde e amarela. Em entrevista ao R7, o treinador Mano Menezes, no entanto, negou que o país sofra uma abstinência de bons arqueiros.

— Eu penso que nós temos bons goleiros. Talvez não tenhamos uma unanimidade. Isso acontece quando se está encerrando um ciclo de um goleiro que ficou muito tempo na posição como sendo o jogador indiscutível, que é o caso do Julio César. Ele já começa a entrar em uma faixa etária em que começamos a pensar em um substituto. Não que ele não tenha condições de jogar a próxima Copa, mas você forçosamente começa a pensar em alguém para dar sequência.

Mano pediu paciência aos torcedores, pois o titular da posição irá aparecer “naturalmente”. Desde que assumiu o cargo, o treinador já chamou nove jogadores diferentes para a posição. Muitos deles não foram sequer testados em partidas oficiais. Grandes clubes brasileiros, como Corinthians, Palmeiras e São Paulo vivem momentos em que seus goleiros são contestados. O comandante da seleção acredita que isso não é um problema.


— Isso aconteceu quando o Roberto Carlos saiu da lateral-esquerda, quando o Cafu saiu da lateral-direita. Quando jogadores absolutamente titulares saem da seleção, cria um hiato. É isso que está acontecendo agora. Mas nós temos grandes goleiros e tenho confiança de que a posição está bem servida.
 

O técnico disse também que o aprendizado desse novo grupo que forma a seleção passa por entender que o protagonismo no futebol mundial não é mais tão definido quanto era no passado. Com as seleções cada vez mais competitivas, a zona de conforto do Brasil desapareceu. Segundo ele, a falta de favoritismo pode ser um fator positivo, porque “nós nunca nos demos muito bem quando saímos como favoritos na Copa”.

— Acho que essa dose de humildade, que a gente só apresenta quando encontra muitas dificuldades, é muito saudável. A diferença diminui a cada temporada entre as seleções. Nós temos é que nos voltar para nossa realidade, saber entender nossos problemas, as alterações que o futebol mundial apresentou e fazer o melhor.

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