Mais de 400 médicos da Baixada Cuiabana podem entrar em greve, na próxima segunda-feira (4). A informação é do presidente do sindicato da categoria (Sindimed), Edinaldo Lemos, que comandará uma assembleia-geral dos profissionais nesta terça-feira (29), a partir de 19h.
A decisão dos profissionais, segundo Lemos, é de "fazer coro" aos 500 médicos lotados em quatro hospitais regionais do interior, que estão em greve há 18 dias. Eles protestam contra a contratação das Organizações Sociais de Saúde (OS's), que serão responsáveis pela gestão da Saúde no Estado.
"Na verdade, a greve seria para que o Governo pudesse abrir a discussão e pensar novas formas de gestão. Há 18 dias em greve, por exemplo, o Estado não marcou nenhuma reunião com os médicos do interior. Com essa nova movimentação, esperamos que ele nos ouça", disse o sindicalista.
Além de pretender uma abertura para discutir qual a melhor forma de gestão, os médicos reivindicam também a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e a realização de concurso público, para sanar o déficit de profissionais.
De acordo com o presidente do Sindimed, caso os profissionais deliberem pela greve, serão prejudicados pela paralisação os prontos-socorros municipais de Cuiabá e Várzea Grande, Hospital Universitário Júlio Müller, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho e MT Hemocentro.
Apesar da possibilidade da greve, Lemos destacou que, caso ela de fato ocorra, os serviços de urgência e emergência não serão prejudicados com o movimento.