Mais de 200 candidatos a prefeito e vereador no RJ sabem apenas ler e escrever

Data:

Compartilhar:

 

O artigo 14 da Constituição que rege o Brasil é claro: analfabetos são inelegíveis. Saber ler, escrever e realizar operações matemáticas simples compõem os requisitos básicos para quem tenta um cargo político, seja no Executivo ou no Legislativo.  Para seguir à risca o que manda a lei, 213 candidatos a prefeito e vereador declararam ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) que sabem apenas “ler e escrever”.

A opção, que consta na ficha de inscrição de candidatura, livra o político da obrigação de ter que entregar à Justiça Eleitoral documentos que comprovem o seu grau de escolaridade. Em um universo de mais 21 mil candidatos, o número de alfabetizados se junta a um total 2.798 aspirantes a prefeito e vereadores que só frequentaram os primeiros anos da escola.

Os candidatos que concluíram o ensino fundamental (antigo primeiro grau) chega a 4.313. Já a quantidade de políticos que terminaram o ensino médio (antigo segundo grau) não passa de 9.660. Outros 4.368 informaram que têm um diploma do ensino superior.

Na capital fluminense, seis candidatos a vereador pelo PCdoB declararam que somente sabem ler e escrever. Na conta do Executivo, dois aspirantes a prefeito do norte fluminense informaram o mesmo ao TRE-RJ.

Nas eleições de 2010, o humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), teve que provar que era alfabetizado para assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados. O parlamentar precisou fazer um ditado de dez palavras e ler um texto para “passar” na prova da Justiça.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas