Maior vigarista do Brasil está preso em Cuiabá

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Marcelo Nascimento da Rocha, considerado o maior vigarista do Brasil, foi transferido ontem de manhã do presídio de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) para o Presídio Central do Estado (antigo Pascoal Ramos). Ele havia sido preso em Jaru (RO) em junho do ano passado, após ser condenado a quatro anos de prisão por estelionato.

Marcelo estava em regime semiaberto e foi transferido para Tangará da Serra, onde responde processo por associação ao tráfico. De lá, foi para Sinop e, agora chegou a Capital, pois naquela cidade não tem penitenciária de segurança máxima.

Apontado como o sétimo maior golpista do mundo, Marcelo ficou famoso no final de outubro de 2001, quando deu o golpe que lhe trouxe notoriedade. Naquele ano, havia fugido da polícia depois de ter sido preso no Acre transportando drogas em um avião que pilotava.

Durante quatro dias ele se passou por Henrique de Oliveira ou Henrique Constantino, "o filho do dono da Gol". Com a "nova identidade", Rocha levou vida de luxo no Recifolia, o carnaval fora de época da capital pernambucana.

Rocha conseguiu enganar a todos se exibindo ao lado de modelos e atrizes, namorou algumas, fez amizade com atores globais e festeiros endinheirados. Como um dos melhores golpistas, aproveitou-se das regalias de um camarote VIP no Recifolia e das mordomias do Resort Nannai Beach.

Para Marcelo, ainda era pouco. Por dois dias, teve à disposição um jatinho e um helicóptero, sem gastar um tostão, consumiu mais de R$ 100 mil nos quatro dias de farra, deu até entrevistas no programa do Amaury Jr., cujo depoimento saiu em rede nacional. O vídeo com a entrevista pode ser visto na internet.

O apresentador só soube do mico dias depois. Para sorte de Amaury Jr., muita gente reviu o vídeo para observar como agia um falsário de classe.

No ano seguinte, foi preso no Rio de Janeiro. Ele estava a bordo do Jatinho Citation 5 no qual deu carona ao casal de atores Carolina Dieckmann e Marcos Frota e ao amigo Ricardo Macchi, além de Walter Sá Cavalcante. O jatinho fora emprestado por um empresário que acreditou estar agradando o dono da Gol.

Fuga

Ele estava na penitenciária de Bangu II, no Rio de Janeiro, e fugiu durante uma rebelião. Ficou no fogo cruzado entre várias facções criminosas e aproveitou para fugir também. De lá foi parar em Rondônia.

Para um golpista que se preze, ele usava vários nomes. Além de Marcelo Nascimento da Rocha, era conhecido também Victor Hugo, Juliano Silva ou Marcelo Ferrari Contti, outra de suas 16 identidades.

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