Maior derrotado foi Pedro Taques e servidor decidiu eleição

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Marcus Vaillant

Janaina Riva diz que maior derrotado na eleição foi o governador Pedro Taques, do PSDB

A deputada estadual Janaina Riva (PMDB) comemorou, com a mesma intensidade, a vitória de seu colega de parlamento e de partido, Emanuel Pinheiro, eleito prefeito de Cuiabá, bem como a derrota do grupo adversário, pois para ela, o maior derrotado no 2º turno das eleições municipais foi o governador Pedro Taques (PSDB), o principal cabo eleitoral do tucano Wilson Santos que disputou a cadeira do Palácio Alencastro com o peemedebista.

“Na minha opinião o maior derrotado nessas eleições é o governador do Estado, que ele se vestiu de cabo eleitoral foi pra campo, colocou a cara numa candidatura que ele sabia o tamanho da rejeição e uma dificuldade que o Estado se encontrava e que a população não viu com bons olhos”, disse a parlamentar ao Gazeta Digital ainda no Centro de Eventos do Pantanal na noite deste domingo 930) após a finalização do resultado das eleições onde Emanuel foi eleito com 157.877 votos (60.4%) ao passo que Wilson foi votado por 103.483 eleitores (39,6%).

Opositora à gestão Pedro Taques na Assembleia, Janaina Riva avalia que a estratégia do governador tucano de ir pra campanha e viajar municípios pedindo votos para Wilson Santos foi um “tiro no pé”.

“Abandonar o Estado num momento de crise pra abraçar uma campanha eleitoral da forma como o governo abraçou não foi visto com bons olhos pela população. Pode até ser legal, mas aos meus olhos é imoral e colheu os frutos agora com essa vitória do Emanuel praticamente sem um apoio tão forte como dizia assim, em aliados, um apoio de aliados tão fortes como tinha o Wilson Santos”, avalia.

Por outro lado, apesar de tecer críticas ao grupo de Taques, a única deputada na atual legislatura reconhece no Emanuel Pinheiro para governar a Capital pelos próximos anos precisará ter uma boa relação com o governador Pedro Taques.

“O Emanuel vai ter toda essa liberdade que o grupo sempre deu até porque pra governar ele precisa realmente fazer os seus ajustes na prefeitura e nisso ele terá total apoio do grupo, dos servidores públicos pra compor a sua gestão, pra ter tranquilidade de gestão, mas que acima de tudo, para que consiga cumprir aquilo que prometeu. E pra isso não tenho dúvida que ele vai precisar do governador do Estado”.

Vitória dos servidores

Janaina disse que na campanha vitoriosa de Emanuel que conseguiu aglutinar 12 partidos (PMDB, PTB, PP, PSC, PMB, PR, Pros, SD, PPL, PT do B, PRP e PTC, a classe do funcionalismo público foi o fator decisivo a vitória do peemedebista.

Explica que houve uma somatória de forças como por exemplo, o apoio da base sindical que se uniu para apoiar a campanha do Emanuel como forma de “resposta” ao tratamento recebido por parte do governo no episódio recente da Revisão Geral Anual (RGA), no qual o funcionalismo público estadual deflagrou uma greve geral, foi para o embate, mas nem assim o governo pagou de forma integral os R$ 11,28% de recomposição salarial.

“Isso já deu uma base pra campanha que nenhum outro candidato tinha que era essa força do funcionalismo público. A partir deste movimento a campanha tomou corpo e vieram os partidos aliados, que é óbvio que somaram esforços juntos e também são vencedores. Mas não vejo uma vitória partidária. Vejo uma vitória, realmente de um conjunto de obras, do funcionalismo publico. Dos partidos que somaram juntos e também do PMDB, mas acima de tudo do funcionalismo público que foi o fiel da balança nessa eleição”, diz a deputada.

Judicialização da eleição

Por fim, Janaina Riva também condenou a ideia do grupo derrotado de propor na Justiça Eleitoral uma ação para tentar anular a eleição, conforme anunciou o coordenador jurídico do grupo de Wilson Santos, José Antônio Rosa.

“É um desrespeito porque não foi uma eleição definida com poucos votos. Foi uma eleição definida com mais de 20% dos votos da população. Acho que a vontade da população precisa ser respeitada democraticamente. Se eles tiverem essa visão de que o voto precisa ser respeitado, eles não vão causar essa desordem no quadro político porque o Emanuel foi legitimado pelas urnas e acho que isso, mais uma vez, vai ser visto com muito maus olhos pela população”, enfatiza a parlamentar.

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