O secretário de Meio Ambiente, Alexander Maia, não resistiu às pressões dos parlamentares que reivindicaram sua saída, após colocá-lo em uma "lista negra" de integrantes de primeiro escalão, que mantêm mau relacionamento com a Assembleia Legislativa.
Ao explicar os motivos de sua saída, durate entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira, Maia admitiu que uma crise política o levou a dialogar com o governador Silval Barbosa (PMDB), para colocar seu cargo à disposição, o que foi aceito, de imediato.
O senador Blairo Maggi, padrinho político de Maia e responsável em indicá-lo à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), também foi comunicado da decisão.
"Em momento algum, eu pedi pra sair. O meu posicionamento de lealdade ao governador Silval Barbosa me leva a enxergar uma crise política. Alguns relacionamentos estão prejudicados por discussões que foram feitas. Coloquei meu cargo à disposição porque sou parceiro, companheiro, amigo e acredito neste governo. Aprendi com meu pai a não correr de nenhuma discussão, por isso, saio pela porta da frente", disse Maia, que é coronel da reserva da Polícia Militar.
O demissionário secretário ainda ressaltou que considera normal sua saída por entendimentos políticos. "Vivemos numa política onde as alianças são necessárias para manter a governabilidade. Se estou prejudicando, não vejo motivo algum para ficar", disse.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente ainda deve permanecer sob a indicação do Partido da República (PR). Nos bastidores, comenta-se que alguém com perfil mais técnico do que político e vinculado ao partido seja indicado para assumir a pasta.
Lista da degola
Nos últimos dias, o próprio líder do Governo no Parlamento, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), admitiu que quatro secretários não iriam durar até o final do ano.
Embora não tenha citado ninguém nominalmente, nos bastidores, os nomes são do próprio Maia, Arnaldo Alves (Transportes e Pavimentação Urbana), Edmilson dos Santos (Fazenda), e Rosa Neide (Educação).