Maggi perde indicação de Caldart para dupla Riva-Sérgio e acirra Briga Romilson Dourado

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O senador Blairo Maggi (PR) continua perdendo aliados na administração do seu sucessor no Palácio Paiaguás Silval Barbosa. O último deles foi Luiz Fernando Caldart, que presidia o Centro de Processamento de Dados (Cepromat). Da turma da botina, grupo ligado ao ex-governador, só restou no primeiro escalão o coronel PM Alexander Maia, que responde pela pasta do Meio Ambiente. Maia teve ascensão "meteórica" nos 7 anos e 3 meses da administração Maggi. Começou como ajudante de Ordens, passou a conduzir a Casa Militar e agora está na Sema. Na carreira militar, foi promovido de tenente-coronel para coronel.

    Entre os que se consideram do grupo de Maggi e que caíram está Luiz Caldart. Maggi se articulou como pôde, inclusive recorreu à direção estadual do PR, para Caldart continuar na presidência do órgão responsável pelos serviços de tecnologia da administração estadual. Mesmo assim não obteve êxito. Silval acatou sugestão dos deputados José Riva (PP) e Sérgio Ricardo (PR), presidente e primeiro-secretário da Assembleia, e nomeou o ex-deputado Wilson Celso Teixeira, o Dentinho, para o Cepromat.

   Como não conseguiu "segurar" Luiz Caldart no governo, Maggi, que culpa por isso Riva e Sérgio, decidiu convidá-lo para cuidar do seu escritório em Mato Grosso. Será montado em Cuiabá. Já o gabinete em Brasília já está sendo comandado pelo seu ex-secretário-chefe da Casa Civil e de Comunicação, coronel PM Eumar Novacki, que ganhou nos embates jurídicos o direito de continuar na mais alta patente da carreira militar.

    Confronto

    Por causa desses enfrentamentos, o clima é de racha entre Maggi e a dupla Riva-Sérgio. A CPI das PCHs, por exemplo, foi instaurada pela Assembleia para investigar, entre outras figuras, os primos Blairo e Eraí Maggi, donos de várias hidrelétricas. Os deputados vão apurar se ocorreram mesmo privilégios a grupos econômicos na concessão junto à Sema de licenças ambientais e celeridades em alguns processos em detrimento de outros.

    Maggi não revela publicamente, mas, nos bastidores, se mostra magoado com Riva e, principalmente, com Sérgio, que pertence a seu partido, o PR. O ex-governador foi incentivado pelos deputados federais Homero Pereira e Wellington Fagundes e por Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, a isolar Sérgio politicamente. O deputado republicano, que vive expectativa de ser candidato de novo a prefeito de Cuiabá, terá dificuldades para segurar a reação da chamada turma da botina.


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