Livres, pilotos relatam drama do cativeiro

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Priscilla Silva/GD


Foto/João Vieira

 Após 40 dias, os pilotos desaparecidos juntos com a aeronave  da família do deputado estadual José Riva (PSD) chegaram a Cuiabá no início da tarde desta quinta-feira (30). O piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Frais Agnelli, foram liberados pelos sequestradores e na madrugada desta quinta-feira conseguiram chegar por conta própria em Guajará-Mirim (RO), cidade brasileira que faz divisa com a Bolívia.

“É difícil achar palavra para classificar. Ficamos sem saber o que iria acontecer no final”, declarou Rodrigo Agnelli.

Conforme os pilotos, durante todo este período eles não sofreram nenhum tipo de ameaça ou agressões físicas por parte dos dois seqüestradores brasileiros. “Não foram rudes, só apontaram a arma no dia do sequestro. Em nenhum momento fomos maltratados, nem verbalmente ficamos”, conta Evandro de Abreu.

O caminho de volta para casa durou dois dias de caminhadas. Os sequesdores os deixaram livres para sair depois de terem se desentendido com o comprador. “O sequestrador acabou pegando como refém três mecânicos do comprador e foi ai que eles deixaram a gente sair porque estava ficando perigoso para nós”.

Evandro e Rodrigo ficaram temerosos com a situação e chamaram os sequestradores para conversar. “Foi ai que a gente pediu para nos deixa sair, senão ele [comprador] iria matar todo mundo. Ai ele falou – siga seu coração faça o que vocês quiserem”, descreve Evandro de Abreu. 

Dopis dessa conversas eles iniciaram a caminhada de volta para o Brasil, sem ter saber ao certo o caminho que estavam tomando. “Ele liberou para sairmos, mas saímos por conta própria. A gente caminhou um pedaço por mato e seguimos por um caminho que não sabíamos onde ia dar. Tínhamos muito medo de pedir informação porque era uma região desconhecida e poderia ser perigosa pra nós”. 

“A nossa saída de foi muito arriscada se o pessoal de lá soubesse que estávamos saindo poderiam ter feito algo. Só soubemos que estávamos em segurança quando chegamos em Guajará-Mirim”. 

Da liberação até a chegada a Cuiabá os pilotos levaram dois dias. No primeiro dia eles caminharam por três horas, até dormir. Acordaram por volta das 3 horas de quarta-feira (29) até as 23h até conseguirem chegar a território brasileiro.

Sobre o paradeiro da aeronave, os pilotos acreditam que no momento do sequestro não havia um comprador definido. “Se eles vendessem essa aeronave antes ele traria a gente de volta. Não acredito que a aeronave tenha sido encomendada porque até agora não foi fechada a venda”.

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