O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, garante que o pente fino feito pelo Governo nas cartas de crédito continua. Ele ressaltou que a equipe econômica da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da secretaria estadual de Administração (SAD) estão fazendo auditoria em todas as cartas e não apenas naquelas em que foram detectadas as primeiras irregularidades.
Lacerda diz que não há previsão para que o pagamento das cartas de crédito se normalizem. Assim que recebeu alerta do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que haviam irregularidades nos documentos emitidos durante o Governo Blairo Maggi (PR), o governador Silval Barbosa (PMDB) suspendeu, em abril deste ano, por 180 dias a liberação das cartas pendentes de quitação.
O secretário lembra que qualquer comprovação de erro também está sendo levantada pelo Ministério Público. Um dos que aparece como suposto beneficiário do esquema é o deputado Gilmar Fabris (DEM). O democrata chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão como parte da operação Cartas Marcadas, deflagrada pela Delegacia Fazendária recentemente.
No esquema do negócio ilegal os documentos eram emitidos para pagamento de verba alimentícia com valores aquém dos praticados no mercado. Estima-se que há aproximadamente R$ 5 bilhões em cartas de crédito a serem emitidas a servidores, principalmente da secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
