Kaká é ‘obstáculo’ para Emirates no Corinthians

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Um ano após a sua inauguração, a Arena Corinthians segue sem batismo. Enquanto tenta vender, enfim, os naming rights, a diretoria também continua sua dura batalha, tanto com torcedores quanto com a imprensa, de impedir que a casa própria ganhe apelidos, como o mais famoso deles, Itaquerão. São 1197 dias desde a primeira vez que Andrés Sanchez informou que a propriedade estava sendo negociada.

A mais conhecida das conversas foi com a Emirates. “O Estado de S. Paulo”, em setembro de 2013, chegou até a cravar que o acerto havia acontecido. Até hoje, no entanto, não saiu do papel. Foram mais de oito viagens, só no ano passado, para os Emirados Árabes.

Há ainda esperança dentro do Parque São Jorge para fechar com a companhia aérea. Ainda se considera internamente como uma negociação em andamento – há outras três além dessa, de acordo com a cúpula.

No início do ano, porém, o diretor da empresa responsável por patrocínios deu uma entrevista, para um jornal australiano, não muito animadora para os corintianos.

Segundo Boutros Boutros, executivo de comunicação da gigante de aviões, uma pesquisa recente que eles fizeram no mercado brasileiro mostrou que o nome da Emirates já era forte no Brasil. O motivo: Kaká. O craque, ex-tricolor, defendeu o Milan com a camisa patrocinada pela marca – está lá desde 2007. Suficiente para ser fazer a marcar famosa no país.

“Eu vou te contar uma história. Há poucos anos, a gente queria fazer algo no Brasil. Quando a gente fez uma pesquisa de mercado, a gente descobriu que a Emirates já era a companhia aérea número um no país em termos de awereness [conhecimento da marca], mesmo a gente nunca tendo voado por lá. Eu não conseguia entender o motivo”, disse Boutros, para um jornal australiano.

“Então, eu descobri que era o Kaká o motivo. Tudo que a gente precisava de exposição de marca a gente conseguiu com o Kaká. A camisa do Milan, que faz parte do nosso portfólio, também estava funcionando no Brasil”, completou.

No ano passado, o ESPN.com.br apurou que as negociações com a companhia não estavam mais apenas ligadas ao estádio. O uniforme do time também tinha entrado nas conversas. Essa, aliás, é a propriedade preferida do diretor da empresa.

“Eu gosto de acordos com os uniformes por causa do contato com o ser humano. Os torcedores veem o seu logo no uniforme, isso é muito mais poderoso do que ver apenas assinado no nome do estádio”, disse.

“Esse é, aliás, o motivo para a gente não buscar o patrocínio da Copa do Mundo e o motivo de a gente não ser um naming rights de eventos como o de tênis. A gente prefere o nosso nome nos uniformes”, finalizou.

Mas não são só notícias ruins para o alvinegro.

Com um orçamento de 320 milhões de dólares por ano no esporte, a Emirates fechou recentemente com o Australian Open. Mas não foi do dia para noite.

Sabe quanto tempo demorou? Cinco anos desde que as negociações começaram.

Para os corintianos pessimistas, já faz 2 anos que se fala da Emirates e nada aconteceu. Aos otimistas, cabe esperar até 2018 chegar.

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