Arthur Santos da Silva/ GD
A juíza Selma Rosa Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá, pediu na tarde desta quinta-feira (22) permissão para se aposentar.
Ela deve concorrer nas eleições de 2018.
O nome de Selma é especulado para a Assembleia Legislativa e até mesmo numa composição de chapa, como vice, junto do atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), que buscará reeleição.
“Solicito a concessão de aposentadoria do cargo de Magistrada deste sodalício, nos termos do art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5/7/2005”, fiz ofício encaminhado por Selma ao desembargador Rui Ramos Ribeiro, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A juíza é conhecida nacionalmente por suas decisões contra personagens importantes da política mato-grossense. Foi ela que determinou a prisão do ex-governador, Silval da Cunha Barbosa, no dia 15 de setembro de 2015.
Chico Ferreira |
Selma também expediu mandados de privação de liberdade contra o ex-deputado estadual Jose Geraldo Riva. Ex-secretários de Estado como Marcel de Cursi e Pedro Nadaf também foram alvos.
Entre advogados e réus, Selma é conhecida por seu perfil duro e extremamente técnico. Delações premiadas estabelecidas em ações da Operação Sodoma, Seven e Imperador, Ventríloquo, dentre outras, foram possíveis devido ao papel de protagonismo empregado pelo Poder Judiciário, em conjunto com o Ministério Público.
O pedido de aposentadoria deve ser examinado e autorizado nos próximos dias. O magistrado Marcos Faleiros, que atualmente divide o gabinete da Vara Contra o Crime Organizado, deve herdar todos as ações.
Em entrevista, Selma Arruda adiantou que uma de suas bandeiras políticas será o combate às facções criminosas que dominam o estado.
“Existem várias organizações criminosas instaladas em Mato Grosso, desde as mais conhecidas pela sociedade até as menores, mas não menos nocivas e violentas”, afirmou na ocasião.
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, quem pretende concorrer aos cargos eletivos no pleito de 2018 deve se filiar a um partido político até o dia 7 de abril, ou seja, seis meses antes da data das eleições.
O último dia para os partidos políticos e as coligações apresentarem junto à Justiça Eleitoral o requerimento de registro de candidatos é 15 de agosto.