“Queremos nível de juro para que possamos reinventar a economia com dinheiro privado”, afirmou o presidente da autoridade monetária. Segundo Campos Neto, os juros dependem de melhora institucional. “Conseguimos ver claramente movimento do juro associado às reformas. […] Sempre mencionamos as reformas, mas não só a da Previdência, a tributária, administrativa também”.
Campos Neto disse também que o Banco Central será cauteloso com a Selic. “Temos mantido coerência”. Em 2019, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC derrubou a taxa básica de juros 4 vezes consecutivas, até a mínima histórica de 4,5% ano na reunião em 11 de dezembro. Um próximo corte pode vir na 1ª reunião de 2020, marcada para 5 de fevereiro.
BRASIL MERECE NOTA MELHOR
No mesmo evento, o presidente do BC argumentou que agências de classificação deveriam melhorar nota do país, atualmente em grau especulativo. “O prêmio de risco [juro que que se cobra dos títulos brasileiros acima do que paga o Tesouro do EUA] mostra que o Brasil tem precificação que mereceria upgrade [melhora da classificação] duplo ou até mais”, disse.
Segundo Campos Neto, a Ásia é maior preocupação hoje. “O pior da desaceleração global já passou por ora, mas existe incerteza com a Ásia.”