As manifestações de racismo da torcida do Real Garcilaso contra o brasileiro Tinga, do Cruzeiro, podem até excluir o time peruano da Libertadores, mas, se dependesse do juiz venezuelano José Argote, toda a polêmica envolvendo o caso não estaria acontecendo. Isso porque ele disse, em rápida entrevista à “Folha de São Paulo”, que não percebeu os ruídos que remetiam a macacos na partida entre os dois times, na última quarta-feira (12).
– Não ouvi nada durante a partida
Segundo a publicação, Argote alegou que não sabia quais eram os “incidentes de quarta-feira” ao qual a reportagem se referia e não quis estender a conversa sob a alegação de que entrevistas são proibidas pela Conmebol.
O venezuelano, inclusive, não relatou nada na súmula do jogo, o que deve atrasar o processo disciplinar que pode culminar com uma punição ao time peruano, segundo o presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, Caio César Vieira Rocha:
– Se constasse na súmula, abriríamos o processo disciplinar já. Como não há, tivemos que abrir uma investigação preliminar do caso. A partir daí, vai ser instaurado um processo. Tudo deve durar uma semana.