José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha.

Data:

Compartilhar:


1ae40 José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha. Com eles, Brasília e sua PM acabam de descobrir o terror das torcidas organizadas....
A Polícia Militar de Brasília ganhou manchete em maio.

O comandante-geral, o coronel Suamy Santana, abusou.

Pediu capas de chuva para todos os soldados que trabalharão na Copa.

Cada uma delas custaria R$ 314.

No total, se o pedido fosse aceito, seriam gastos mais de R$ 5 milhões.

A imprensa do Distrito Federal investigou o pedido.

E descobriu ser possível comprar a mesma capa por R$ 60.

Além da triste constatação que o meio do ano é o período de seca em Brasília.

O governador Agnelo Queiroz havia aceito a proposta.

Mas voltou atrás diante da indignação da opinião pública.

E exonerou o comandante da PM.

Jooziel de Melo assumiu no seu lugar.

E tratou de avisar que Brasília se adaptaria às exigências da Fifa.

As torcidas seriam educadas, aprenderiam a sentar uma ao lado da outra.

O presidente da CBF, José Maria Marin, decidiu calar a imprensa.

Os jornalistas que acusavam o estádio Mané Garrincha de ser um elefante branco.

Estádio que consumiu R$ 1,2 milhão.

O dobro do previsto.

futebol de Brasília não comporta um estádio para 70 mil lugares.

A média de publico do Campeonato Brasiliense em 2012 foi de 1.176 pessoas.

Marin quer se aproximar do governo federal.

Mais precisamente da presidente Dilma Rousseff.

Construir um elefante branco com o dinheiro público já é revoltante.

Ainda mais no quintal da presidente da República.

A situação já estava ficando constrangedora.

Quando Marin articulou com os clubes vários jogos em Brasília.

Principalmente envolvendo clubes do Rio de Janeiro.

A margem de lucro estava garantida.

Na capital do Brasil há muitos torcedores de clubes cariocas.

Com a carência de equipes poderosas, a estratégia seria perfeita.

Com os organizadores cobrando ingressos caríssimos, até de R$ 400.

Tudo certo.

A CBF programou dez partidas do primeiro turno do Brasileiro no Mané Garrincha.

E mais três no segundo turno, que podem ser mais dez, dependendo das negociações.

Marin já se gabava.

Ganhou vários elogios do próprio governador Agnelo.

Até a presidente Dilma Rousseff estaria sabendo do sucesso do Mané Garrincha.

“O estádio é um elefante dourado.

Todos querem jogar em Brasília”, garantia o presidente da CBF.

Mas nem ele, nem Agnelo e muito menos Dilma Rousseff perceberam.

O estádio Mané Garrincha era uma bomba pronta a explodir.

O comando da PM estava cumprindo ordens.

Marin queria que o estádio seguisse o padrão Fifa.

Com lugares numerados e sem separação dos torcedores rivais.

Seria a vitória da civilidade.

Mas tudo se acabou no domingo.

Quando corintianos e vascaínos partiram para o confronto.

As organizadas desses clubes se odeiam.

E haviam até combinado brigar no Mané Garrincha pela Internet.

O serviço de inteligência da PM de Brasília não sabia de nada.

Assim como também de nada foi o aviso do domingo passado.

No dia 18, três torcedores da Independente agrediram um flamenguista.

Ele é representante da Raça do Flamengo.

André Elington Ferreira apanhou até ficar desacordado.

Teve o maxilar esmigalhado com tanto socos e pisões que levou desmaiado no chão.

1reproducaotv José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha. Com eles, Brasília e sua PM acabam de descobrir o terror das torcidas organizadas....

Só a sorte evitou sua morte.

Enquanto apanhava, as câmeras flagraram.

Soldados assistiam a tudo impassíveis, sem saber o que fazer.

Só depois da covarde agressão, resolveram agir.

Os membros da torcida do São Paulo foram presos.

Todos tinham registros policiais.

Acusados de tráfico, agressão, roubo.

André cumpria prisão domiciliar por roubo.

E estava sendo processado por homicídio.

Não eram torcedores comuns.

Mas estavam entre milhares de inocentes que viram Flamengo e São Paulo.

A postura da PM de Brasília continuou otimista demais.

Até que estourou a deprimente briga entre corintianos e vascaínos.

Com direito até a agressão do vereador Capé Raimundo César Faustino.

O nobre político, todo tatuado, acertou pontapé em um policial.

Sua falta de sorte foi ter sido fotografado.

Além dele, Soldado acabou flagrado brigando.

2ae22 José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha. Com eles, Brasília e sua PM acabam de descobrir o terror das torcidas organizadas....

E chamando seus companheiros de organizada para a briga.

Soldado é o apelido de Leandro Silva de Oliveira.

Ele estava entre os 12 presos de Oruro.

Tem cargo na diretoria da Gaviões da Fiel.

Passou cinco meses acusado da morte de Kevin Spada.

Mal foi solto e foi flagrado brigando com os vascaínos.

3ae8 José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha. Com eles, Brasília e sua PM acabam de descobrir o terror das torcidas organizadas....

Dois personagens importantes no conflito generalizado.

Por sorte, novamente, apenas três foram feridos.

Quatro corintianos acabaram presos.

De nada valeu a articulação de Marin.

A PM de Brasília não estava preparada para grandes jogos.

Primeiro quis capas de chuvas superfaturadas para o período de seca.

Depois demonstrou que não entende significado da palavra rivalidade.

Expôs famílias ao ódio das torcidas organizadas.

Crianças ficaram entre homens que se socavam, se chutavam no Mané Garrincha.

Só depois da briga de domingo, avisa que irá separa os torcedores de cada time.

O comando da PM descobriu que não adianta sonhar.

E enquanto a legislação for frouxa, branda com as organizadas, a selvageria vai continuar.

Com a bênção dos políticos de Brasília.

Ninguém gosta de brigar com torcedores de futebol.

Por um simples motivo.

Eles são eleitores.

Não querem correr o risco de ficarem marcados.

Não conseguirem se reeleger.

Torcidas fazem vereadores, deputados, deputados federais, senadores.

Ajudam e são ajudados por presidentes da República.

Por isso torcedores são presos na Bolívia acusados de assassinatos.

Ficam cinco meses longe de suas famílias e mal são soltos, brigam em estádios.

Vereadores dão pontapés em policiais.

E nada acontece.

O comando da Polícia Militar de Brasília não sabe o que é futebol de elite no Brasil.

Confundiu público de seleção brasileira com torcedores rivais.

Embalados por uma legislação covarde, vergonhosa.

Aprenderam na prática.

Expondo gente inocente a vândalos acostumados pela impunidade.

Ou hipocrisia.

Como em São Paulo, quando torcidas são banidas.

Só que a punição vale para camisas.

Os mesmos torcedores brigões vão aos estádios apenas com outras camisetas.

Mas os soldados brasilienses vão aprender.

Marin vai continuar tentando agradar o governo federal.

E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão construído com o dinheiro público.

Brasília vai se acostumando com a selvageria liberada das organizadas.

Que assola o Brasil inteiro há décadas.

Graças a políticos tão incompetentes quanto comprometidos.

Ao tentar agradar Dilma, Marin fez algo que não calculou.

Levou a guerrilha urbana das organizadas ao seu elefante dourado.

Sem saída, Brasília e sua PM farão a mesma coisa que o restante do País.

Acabarão se acostumando com o sangue nas arquibancadas…

(E para variar o ministério público avisa.

Está se organizando para extinguir a Gaviões.

Promotores dizem que se cansaram das brigas.

Mas mesmo se conseguirem, nada mudará.

A Mancha Verde foi extinta.

Virou Mancha Alviverde.

A Independente foi extinta.

Virou Grêmio Esportivo Recreativo e Cultural Tricolor Independente.

Se a Gaviões acabar vai virar Gaviões II.

Com os mesmos torcedores.

E vândalos infiltrados.

A situação é muito mais profunda.

Os promotores do Ministério Público precisam de mais coragem.

E denunciar a frouxa legislação brasileira.

Mostrar a força da bancada da bola em Brasília.

Aí sim fará algo útil.

Chega de hipocrisia…)
5ae3 José Maria Marin quis agradar Dilma Rousseff. E disfarçar o elefante branco de R$ 1,2 bilhão. Levou os grandes clubes para o Mané Garrincha. Com eles, Brasília e sua PM acabam de descobrir o terror das torcidas organizadas....

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas